Crescimento pessoal e autoajuda

Como fazer as pazes com o corpo

 
Anna Rafaela Pires
Por Anna Rafaela Pires. 15 agosto 2022
Como fazer as pazes com o corpo

Quantas vezes nos olhamos no espelho e sentimos que estamos gordos demais, magros demais, arrumados demais ou entre tantos outros adjetivos? É uma característica comum hoje em dia, uma autocritica elevada devido a um alto nível de comparação com os outros. Queremos uma autoestima boa, mas como faremos isso? Por onde podemos começar? Como podemos fazer as pazes com nós mesmos, com nosso corpo e com nossa mente?

Neste artigo você irá aprender como fazer as pazes com seu corpo aumentando sua autoestima e seu autoconhecimento. Nesse artigo de Psicologia-Online, lhe ensinaremos como fazer as pazes com o corpo.

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Índice

  1. Como fazer as pazes com o corpo
  2. Como as crenças afetam nossa visão sobre nosso corpo
  3. Como se perdoar
  4. Exercícios para fazer as pazes com o corpo

Como fazer as pazes com o corpo

Seja gentil consigo mesmo! Para fazer as pazes com nós mesmos precisamos entender que se amar é a chave. O que é amar a si mesmo? É aceitar-se tal como é. Então, para começar a sua mudança em busca de aceitação, não se julgue – busque em momentos do seu dia se aceitar do jeitinho que você é.

Para alguns, se olhar e se aceitar é algo muito complicado. Principalmente, se seus pais não lhe ensinaram como fazer isso. Louise L. Hay, autora de livros superfamosos de autoajuda, comenta que “Somos todas vítimas de vítimas”.

Alguns pais provavelmente não foram ensinados como amar a si mesmos, logo, não poderiam ensinar aos seus filhos o que não aprenderam. A autora frisa muito a importância do perdão para se amar. Vamos falar um pouco mais sobre.

Como as crenças afetam nossa visão sobre nosso corpo

Cada um tem seus motivos para não se aceitar, mas todos eles de alguma forma estão ligados com as crenças que vamos comentar. Inicialmente é necessário que você compreenda o porquê você não consegue fazer as pazes com seu corpo.

Será que é por que você se sente inferior? Ou indigno(a) de amor? Ou será que é por que você acredita que não merece esse cuidado?

Talvez, sejam os três juntos. Saber a fonte da crença é o primeiro passo para lidar com ela de forma adequada.

De onde vem essas crenças sobre nosso corpo

Na Terapia Cognitivo-Comportamental estuda-se as crenças centrais. Essas crenças são as raízes da nossa mente, geralmente elas são a base da forma que vemos o mundo e os outros.

Sabendo disso, muitas vezes temos crenças centrais sobre nosso corpo e como nós somos – geralmente são crenças super generalizadas e irrealistas - pensamentos como “Eu não sirvo pra nada”, “Eu nunca serei amada(o)” ou algo como “Eu sempre vou fracassar”.

Existem três tipos de crenças centrais: Desamparo, desamor e desvalor:

  1. As crenças de desamparo são aquelas que nos sentimos inferiores, pequenos e fracos.
  2. As crenças de desamor estão vinculadas com se sentir errado e indigno(a) de amor.
  3. E as de desvalor são aquelas que nos fazem aceitar pouco porque acreditamos que não merecemos coisas de valor.

Como se perdoar

Às vezes carregamos muitas lembranças de nossos fracassos e desapontamentos. Então, o primeiro passo é entender que o que passou, passou e não vai voltar. É necessária uma ação persistente para deixar ir embora.

E ir embora não quer dizer esquecer, pois fazer as pazes com nosso corpo não é fingir que as coisas ruins não aconteceram – é aceitar que não podemos mudar o passado e carregar conosco as lições que aprendemos.

Como fazer as pazes com o corpo feminino

Após o perdão do passado é necessário que nós aceitemos quem somos agora, no presente. Parte da aceitação é saber que nossos pensamentos não estão sempre certos e que nem sempre devem ser ouvidos.

O livro Terapia Comportamentais de Terceira Geração[1] retrata que a aceitação é:

Observação dos eventos que ocorrem dentro da pele...Não é conformismo, não é tolerar, não é aguentar...não é comodismo, não é passividade. É uma ação de observar.

Esse é o caminho para se aceitar e fazer as pazes com seu corpo – observar a si sem se apegar a pequenos detalhes imperfeitos ou perfeitos demais, é aceitar as coisas tal como elas são e saber que há beleza em ser quem se é.

Exercícios para fazer as pazes com o corpo

Troca de pensamentos

O treinamento prático para aprender como fazer as pazes com o corpo é percebermos esses pensamentos negativos que nos diminuem e nos desvalorizam é simplesmente ignorá-los.

Ou seja, após perceber os pensamentos irreais de desamor, deixe eles passarem.

Algo que tanto a Terapia Comportamental quanto Louise L. Hay pregam – você não é seus pensamentos, nem tudo que você pensa é real.

Observe seus pensamentos, isso irá modificar totalmente como sua mente funciona – ao invés de você acreditar em tudo que você pensa, se pergunte “Eu realmente não mereço ser amada(o)?” ou então “Eu realmente sou tão ruim assim?”, entre outras questões.

Caso venha algum pensamento automático respondendo essas perguntas acima de maneira rude e irrealista, você não precisa acreditar nele e deve trocá-lo por um positivo.

Exercício do espelho

Esse exercício é algo que você pode fazer todos os dias buscando fazer as pazes com seu corpo. Ele está no livro “Ame-se e cure sua vida” de Louise L. Hay.

  • Fique de frente para um espelho
  • Olhe em seus olhos
  • Respire bem fundo
  • Diga algo positivo sobre si mesmo(a) – diga em voz alta.

Talvez seja fácil para você fazer isso ou talvez não – continue tentando... Todos os dias quando você passar por um espelho tente dizer algo positivo sobre você (pode ser no pensamento ou em voz alta).

Não estou dizendo que a partir de hoje só elogios vão sair da sua boca, esses hábitos de autocrítica que você possui não mudarão da noite para o dia. Tenha paciência e se aceite mesmo que as coisas não estejam saindo como você esperava.

Porteiro/a de pensamentos

Quando você decidir tomar alguma atitude de amor-próprio, por exemplo, ir ao cinema sozinha(o) – quando aparecerem os pensamentos de desamor, desvalor ou desamparo, pois eles vão aparecer – sua missão será deixá-los passar, como se você fosse um(a) porteiro(a).

Então como um(a) porteiro(a) você irá abrir a porta para os pensamentos, sem julgá-los, sem dar importância excessiva e eles vão passar – você vai deixá-los passar, sem fazer mais perguntas e sem se apegar a eles.

Isso não quer dizer que caso você veja uma situação perigosa – você irá ignorar seus pensamentos sobre. Você vai ignorar os pensamentos excessivamente catastróficos e irreais. Saiba mais sobre pensamentos ruins persistentes.

É de extrema importância ressaltar que esses pensamentos não devem ser 100% ignorados, leve eles para seu psicólogo(a) ou terapeuta para entender melhor de onde eles vieram e como pode diminuir a frequência deles.

Praticando esses exercícios com frequência, você aprenderá como fazer as pazes com o corpo para ter uma vida mais plena e feliz. Caso os pensamentos negativos persistam, não deixe de conversar com um psicólogo/a que poderá te ajudar.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Referências
  1. Terapias comportamentais de terceira geração: guia para profissionais / organizado por Paola Lucena-Santos, José Pinto-Gouveia e Margareth da Silva Oliveira... [et ai.] — Novo Hamburgo : Sinopsys, 2015.

Bibliografia
  • Hay, Louise L. 1926- Ame-se e cure sua vida [recurso eletrônico]/ Louise L. Hay; tradução Evelyn Kay Massaro. – 1.ed – Rio de Janeiro. Viva Livros, 2017
  • Moreli, Paola. Braga, Tatiana. Donadon, Mariana. Psicoeducação na terapia cognitivo comportamental: um caso de depressão com histórico de violência
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