Ínsula cerebral: o que é, localização, partes e sua função

Ínsula cerebral: o que é, localização, partes e sua função

A ínsula cerebral é uma estrutura localizada no cérebro que se relaciona com funções emocionais e cognitivas. Na neurociência foi estudada pelo valor que possui no processamento da informação sensorial na integração sensoriomorota e na percepção. Também foi associada à memória, à tomada de decisão, à atenção, à integração social e à autoconsciência.

Seu estudo permitiu avançar na compreensão da complexidade do cérebro humano e, por isso, neste artigo de Psicologia-Online iremos explicar tudo o que você precisa saber sobre a ínsula cerebral: o que é, localização, partes e sua função.

O que é a ínsula cerebral

No âmbito da psicologia, a ínsula cerebral é uma estrutura cerebral que foi estudada relacionada com a regulação emocional e a capacidade de compreensão e empatia com as emoções de outras pessoas. A ínsula está envolvida com a percepção de estímulos emocionais, e na geração de respostas emocionais adequadas. Também é relacionada com a percepção da dor e da interocepção, que é a capacidade de perceber as sensações corporais internas.

Por outro lado, foi estudado o papel da ínsula cerebral na tomada de decisões e assunção de riscos. Foi encontrado que a ativação da ínsula pode estar relacionada com a tomada de decisões baseada nas emoções, e que a disfunção dessa estrutura pode estar relacionada com transtornos de ansiedade e vícios.

No âmbito clínico, a ínsula também tem sido pesquisada com relação a transtornos psicológicos como a depressão e a ansiedade. Foram encontradas que a ativação da ínsula pode estar relacionada com a ansiedade antecipatória, e que a disfunção dessa estrutura pode estar envolvida com a depressão e a ansiedade crônica.

Localização da ínsula cerebral

A ínsula cerebral se encontra na profundidade dos sulcos laterais do córtex cerebral, e está localizada no cérebro humano entre os lóbulos temporal, parietal e frontal. A ínsula está rodeada pelo córtex cerebral e está coberta pela matéria cinza que forma o córtex insular.

A ínsula está dividida em duas partes, a parte anterior e a parte posterior, que se diferenciam por sua anatomia e por suas funções. A parte anterior está relacionada com a percepção e o processamento das emoções, enquanto que a parte posterior está mais relacionada com a percepção e o processamento da informação sensorial e a integração sensoriomotora.

Adicionalmente, a ínsula está conectada com outras regiões do cérebro, como a amígdala, o hipocampo e o cíngulo, o que permite interagir com outras estruturas cerebrais na regulação de processos cognitivos e emocionais complexos.

Partes da ínsula cerebral

Existem duas divisões na ínsula cerebral que apresentam variações tanto em sua anatomia como en sua funcionalidade, a seção anterior e posterior. Também é importante mencionar a existência de uma terceira subdivisão, conhecida como ínsula de Reil.

  • Parte anterior: a parte anterior também denominada córtex insular anterior, está relacionada com o processamento e a percepção de emoções sociais como a culpa, a vergonha ou a empatia. Também é vinculada com a interocepção, que é a capacidade de ser consciente de sensações corporais internas, a percepção da dor, a regulação emocional e a tomada de decisões apoiada pelas emoções.
  • Parte posterior: a parte posterior também denominada córtex insular posterior, está relacionada com a integração sensoriomotora, a percepção e o processamento da informação sensorial, assim como a visão, o olfato, o paladar e a audição. Também é vinculada com a integração sensoriomotora que se encarrega da coordenação e o controle motor.
  • Ínsula de Reil: esta parte se encontra na superfície medial da ínsula e está relacionada com a regulação da pressão arterial, frequência cardíaca e na interação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso autônomo.

Funções da ínsula cerebral

A ínsula cerebral é uma estrutura cerebral que desempenha uma ampla variedade de funções no cérebro humano. As principais funções da ínsula cerebral são:

  • Percepção sensorial: a ínsula cerebral está envolvida com a percepção da informação sensorial, incluindo a percepção do paladar, da visão, do olfato e da audição. Além disso, a ínsula posterior se encarrega da interação sensoriomotora para o controle motor e a coordenação.
  • Regulação emocional: a ínsula cerebral implica na regulação emocional e na percepção das emoções. A ínsula anterior, em específico, se relaciona com a percepção e com o processamento das emoções sociais, como a empatia, a vergonha e a culpa, assim como com a regulação emocional e a tomada de decisões baseada nas emoções.
  • Interação social: a ínsula cerebral está envolvida com a interação social, especialmente na percepção e no processamento das emoções sociais e na empatia com os demais. Também é relacionada com a percepção e com o processamento dos sinais sociais não verbais, como a expressão facial e a linguagem corporal.
  • Tomada de decisões: a ínsula cerebral está implicada com a tomada de decisões, em particular na avaliação e comparação das opções e na escolha da melhor opção baseada na informação sensorial e emocional disponível.
  • Regulação autônoma: a ínsula de Reil, que se encontra na superfície medial da ínsula, está envolvida com a regulação da atividade autônoma, como a frequência cardíaca, a pressão arterial e o suor, e na interação entre o sistema nervoso central e o sistema nervoso autônomo.

Como conclusão, a ínsula cerebral desempenha uma ampla variedade de funções essenciais. Sua localização estratégica no cérebro e suas conexões com outras estruturas cerebrais a convertem em uma estrutura-chave para o funcionamento normal do cérebro humano.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
  • Couto, J.B., Sedeño, L., y Ibáñez, A. (2012). Interocepción y corteza insular: convergencia multimodal y surgimiento de la conciencia corporal. Revista chilena de neuropsicología. https://doi.org/10.5839/rcnp.2012.0701.06