Maus hábitos: quais são e consequências

Todos temos algum mau hábito que gostaríamos de mudar. Estes hábitos são ritos que seguimos desde tempos imemoriais e que nos fazem sentir no que conhecemos como "zona de conforto", isto é, um espaço ou uma situação em que nos sentimos cômodos e seguros.

Os maus hábitos são, portanto, todos aqueles comportamentos que geralmente fazemos e que são prejudiciais para nós e que frequentemente impedem que alcancemos nossos objetivos, já que nos impedem de realizar a mudança desejada.

Quais são os maus hábitos mais comuns? Repetir a si mesmo pensamentos como "serei feliz quando tiver..." é uma das armadilhas da infelicidade nas quais é mais fácil cair. Não importa como a frase termina, uma promoção, um salário mais alto ou uma nova relação, o problema é colocar ênfase demais nas circunstâncias nas quais você se encontra e nas quais gostaria de estar. É importante saber que uma situação melhor não implica necessariamente uma vida mais alegre.

Outro dos hábitos negativos que devemos tentar evitar é a procrastinação e repetir frases como "por que fazer hoje algo que posso fazer amanhã". As pessoas que geralmente procrastinam não se encontram melhor, com mais adrenalina e mais eficácia para fazer as coisas no último minuto, mas simplesmente postergam por insegurança, pouca vontade, medo de errar ou se sair mal.

Planejar é bom, mas fazê-lo em excesso pode ser prejudicial, já que muitas vezes não serve e, mesmo que você não perceba, se converte em uma forma de atrasar a ação, empregando uma quantidade de energia e tempo realmente desproporcionais a respeito da necessidade real do projeto.

Quando por costume se perseguem bens materiais, é muito mais provável sentir tristeza. Uma vez superado o sentimento de desilusão que se sente depois de ter conseguido um objeto, se descobre que enquanto nos preocupávamos em nos apropriar de tal objeto, estávamos descuidando das pessoas ou elementos de nossa vida que realmente poderiam nos fornecer felicidade, como nossos amigos, companheiro/a ou alguma vontade que deixamos de lado.

É importante tomar consciência o mais cedo possível que nenhum de nós conseguirá satisfazer a todos com nossas decisões. Portanto, deixar de tentar agradar cada pessoa poderá liberar uma quantidade considerável de tempo para começar a se concentrar mais em sua própria felicidade.

No entanto, isto não significa se converter em uma pessoa egocêntrica, mas que entenda até que ponto os outros podem te influenciar com suas opiniões e começar a fazer mais caso de seus instintos e julgamentos.

As pessoas infelizes tendem a descrever a vida como severa e fora de seu controle e, segundo eles/as, não há nada que possam fazer a respeito. O problema desta filosofia é que reforça a sensação de impotência e as pessoas que se sentem impotentes dificilmente agem para melhorar sua situação.

O problema da atitude pessimista é que, além de desgastar o estado de humor, corre o risco de se tornar uma profecia auto-realizável. Isto é, se espera que te ocorram coisas desagradáveis, então é mais provável que estes eventos acabem acontecendo.

Os pensamentos pessimistas são difíceis de eliminar, ao menos até que a pessoa seja consciente de quão ilógicos são.

Se você quer saber mais sobre este tema, pode ler o artigo Como ser mais otimista.

Apesar de geralmente ser um dos maus hábitos mais utilizados e normalizados, na maioria dos casos reclamar por miudezas é inútil e, além de não mudar a situação, pode piorar nossas relações. Além disso, é uma atividade que terminará reduzindo ainda mais nosso nível de energia pessoal e nos sintonizará, mais e mais, com algo que percebemos como negativo.

Perder tempo demais em coisas que não gostamos é outro mau hábito que pode nos atrapalhar. Terminar gastando toda sua energia e a maior parte do tempo em ações ou projetos que não te motivam não é bom para ninguém, nem para você o projeto.

Quando nos sentimos tristes tendemos a evitar os outros. Este é um grande erro, já que a socialização, inclusive quando não nos agrada, fornece grandes benefícios para nosso estado de humor. É normal ter dias nos quais evitamos qualquer contato social e prefiramos ficar na cama, escondidos do mundo sob nossas cobertas.

Entretanto, quando estes momentos se convertem em um hábito podem chegar a destruir nosso estado de humor. Portanto, aprenda a reconhecer esses momentos em que a tristeza te torna mais ermitão e se esforce para sair de casa e socializar. Você notará a diferença imediatamente.

Ficar sentado na mesma posição durante horas é ruim para a circulação, para as costas e para a criatividade, já que nossos pensamentos também podem se estancar. Portanto, levante-se ao menos uma vez a cada hora e, se possível, mude de cômodo ou sala de trabalho.

Usar água quente demais é prejudicial para os vasos sanguíneos que irrigam o cérebro e pode piorar as enxaquecas. Pelo mesmo efeito de dilatação dos vasos, tomar banho com água muito quente depois de realizar alguma atividade física pode te fazer se sentir muito fraco e provocar mal-estar.

Além disso, este mau hábito também altera a camada hidrolipídica da pele, deixando-a mais sensível às infecções.

Descansar bem durante as noites é fundamental para nossa saúde psicofísica e nosso estado de humor. Por este motivo, é importante identificar nosso ritmo ideal de sono e ajustá-lo à hora que normalmente vamos dormir e à hora que nos levantamos.

Estes ritmos podem variar em cada pessoa por fatores como a idade, portanto algumas pessoas precisarão de 8 horas de sono para ficarem completamente descansadas, a outras bastarão 6 horas de sono.

Pular algumas refeições pode começar como uma forma aparentemente inofensiva de cortar calorias e emagrecer. No entanto, é certo que se trata de um mau hábito alimentar que deve ser corrigido o quanto antes, já que pode gerar graves consequências, sobretudo se se trata de alguma das refeições principais.

Ser multitarefas pode também se manifestar na hora de comer, momento em que os únicos protagonistas deveriam ser a comida e sensações positivas que derivam dela. Comer da maneira correta e centrando a atenção em seu prato na hora de comer ajudará a reduzir o estresse. Para isso, é importante manter uma boa postura e mastigar bem os alimentos para favorecer a digestão.

Roer as unhas, e com elas as cutículas e peles, é outro dos maus hábitos mais comuns. Seja por ansiedade, nervosismo ou vício adquirido, o resultado continuará sendo o mesmo: um péssimo cartão de visitas e imagem para as pessoas ao seu redor.

Segundo diversas pesquisas científicas, os telefones móveis são fonte de campos eletromagnéticos que podem ser nocivos para a saúde, sobretudo se a exposição for prolongada. No entanto, frequentemente tendemos a esquecer este hábito negativo e nos mantemos presos a ele em todo momento, inclusive quando estamos na cama.

Hoje em dia geralmente passamos muito tempo em redes sociais e prestando atenção às mensagens que bombardeiam continuamente nosso celular. Apesar que as redes sociais também fornecem grandes vantagens, os estudos também alertam para os possíveis riscos resultantes de uma superexposição às redes, como ansiedade, depressão ou isolamento social.

Entre ir da casa para o escritório e tentar equilibrar nossas horas com o ócio, a vida familiar e social, fica claro que vivemos muito depressa. Portanto, em certos casos pode ser difícil encontrar tempo para ficar rodeado da natureza, o que pode se tornar um mau hábito e causar consequências em nossa saúde mental e física.

Segundo numerosos estudos, viver ao ar libre, caminhar em meio a natureza e deixar que o sol acaricie a pele nos faz mais felizes, reduz o estresse, facilita a cura e melhora da memória e da criatividade.

A crença de que usando protetor solar não conseguirá se bronzear não é apenas falsa, mas também pode gerar graves consequências para sua pele e saúde no futuro. Portanto, ao aplicar proteção solar de forma diária sua pele ficará imensamente agradecida e reduzirá a aparição de manchas e rugas.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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