Psicologia clínica

O que é distimia e como sair dela

 
Iván Piquero
Por Iván Piquero, Psicólogo. 5 julho 2021
O que é distimia e como sair dela

A distimia constitui um transtorno depressivo contido nas principais classificações diagnósticas DSM-5 (Associação Americana de Psiquiatria) e CIE-11 (Organização Mundial da Saúde). Como tal, é necessário que um profissional determine as melhores estratégias de intervenção para o caso concreto que esteja sendo tratado.

Entendendo que "sair da distimia" significa a remissão dos sintomas do quadro distímico, devemos estar conscientes que não podemos, por nós mesmos, conseguir tal remissão. No entanto, neste artigo, te oferecemos alguns pontos e conselhos que estão ao seu alcance e contribuirão, sem dúvida e de forma positiva, com o trabalho do profissional que cuida de seu caso. Continue lendo este artigo de Psicologia-Online no qual explicamos como sair da distimia por meio de 8 estratégias psicológicas.

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Índice

  1. Procure ajuda profissional
  2. Colaboração entre o profissional e o paciente
  3. Seguir as recomendações do profissional
  4. Realizar atividades agradáveis
  5. Alimentação
  6. Sono
  7. Praticar exercícios físicos
  8. Busca de apoio social

Procure ajuda profissional

O distúrbio distímico, como tal, deve ser tratado por um profissional de saúde mental. É importante que o paciente vá à consulta para que o profissional possa avaliar seu caso em particular e decidir qual será a melhor intervenção.

É possível e é comum que os pacientes notem uma melhora que os afastem da busca de ajuda profissional. Mesmo que pareça que o problema está diminuindo sozinho e sem ajuda, ou mesmo que o grau de mal-estar possa flutuar com o tempo, realçamos a importância de ir à consulta com o profissional.

Devemos ter em conta também que a distimia é um transtorno depressivo persistente que, como o nome já diz, tem uma longa história de duração no paciente. Se trata de um transtorno que, se não é tratado, terá a tendência de se tornar crônico. A seguir, veremos conselhos importantes para saber o que fazer para superar a distimia.

Colaboração entre o profissional e o paciente

O paciente e o terapeuta devem formar uma equipe que trabalhe conjuntamente para conseguir os objetivos terapêuticos que ambos entraram em acordo (neste caso, a redução dos sintomas depressivos).

Dentro das numerosas variáveis que podem influenciar na intervenção, há variáveis que dependem da relação que o terapeuta e o paciente estabelecerem e, dentro delas, variáveis que dependem diretamente do paciente.

Como uma pessoa com distimia se comporta? Dentro dos quadros depressivos, é comum a aparição de desesperança, falta de motivação, fadiga e perda de energia, etc. Tendo em conta as limitações que tais sintomas provocam, o paciente deve tratar de colaborar com o psicólogo: respondendo a suas perguntas com a maior clareza possível, sendo completamente sincero ou sincera e procurando ajudar o trabalho dele.

Seguir as recomendações do profissional

Mesmo que dependa da forma de trabalhar do psicólogo, é possível que este dê tarefas que o paciente deve realizar entre as sessões e pautas que deverá colocar em prática conforme ele indicar.

Se o caso está sendo tratado por um psiquiatra, é muito provável que este prescreva medicação antidepressiva. É importante, da mesma forma, que o paciente siga a pauta e tome a dose marcada e como o profissional indicou.

O que é distimia e como sair dela - Seguir as recomendações do profissional

Realizar atividades agradáveis

As pessoas que sofrem de transtornos depressivos como a distimia experimentam, frequentemente, emoções negativas. É importante compensar esta balança realizando atividades que gerem gratificação, que sejam desfrutadas e gerem motivação. Assim, experimentará emoções agradáveis que ajudarão de forma muito positiva à intervenção psicológica ou ao tratamento psiquiátrico que está sendo desenvolvido, portanto, ajudará a superar a distimia.

Alimentação

Diante de qualquer transtorno psicológico, é importante manter um estilo de vida saudável. É possível que o paciente deprimido possa experimentar um aumento ou uma diminuição em sua vontade de comer. Devemos manter um hábito alimentar que inclua a:

  • A qualidade dos alimentos: consumo de alimentos nutritivos e manutenção de uma dieta sadia e equilibrada.
  • A quantidade ingerida: é importante realizar todas as refeições diárias, comendo até se sentir saciado, sem exagerar.
O que é distimia e como sair dela - Alimentação

Sono

Outro fator a se levar em conta a respeito dos hábitos de vida saudáveis é o sono, já que ajuda a manter os ritmos biológicos de forma adequada e cuja dessincronização afeta negativamente em nosso estado de humor. A respeito dos hábitos de sono, da mesma forma que ocorre com a alimentação, deveremos atender a:

  • A qualidade do sono: deve ser reparador, de forma que ao nos acordarmos nos sintamos descansados.
  • Quantidade de sono: devemos dormir as horas suficientes de acordo com nossa idade.

Praticar exercícios físicos

Estabelecer hábitos de vida ajuda a melhorar a saúde física e mental, portanto estes hábitos serão um bom aliado na intervenção sobre a distimia. Praticar algum esporte, sair para correr ou para caminhar pode nos ajudar a reduzir os níveis de ansiedade, porque esta geralmente está relacionada com os problemas depressivos e aparecer conjuntamente.

Além disso, a liberação de endorfinas durante a prática de exercícios físico repercutirá positivamente em nosso estado de humor. Neste artigo explicamos especificamente Como liberar endorfina.

Busca de apoio social

O apoio que o paciente recebe das pessoas de seu entorno (amigos, família, parceiro/a, colegas de trabalho, etc.) contribuirá de forma positiva para sua recuperação. No entanto, nos transtornos depressivos pode aparecer um isolamento do paciente de seu entorno social.

Por isso, é importante incentivar o paciente distímico a realizar planos com seu entorno e se apoiar nele compartilhando seus problemas, preocupações, emoções, etc.

As pessoas próximas podem exercer um papel muito importante dentro do processo de intervenção da distimia, já que se o caso exigir, podem receber instruções por parte do profissional e agir como coterapeutas.

O que falar para uma pessoa com distimia? Que estamos a seu lado e que pode contar conosco para conversar ou realizar alguma atividade!

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
  • ASSOCIAÇÃO AMERICANA DE PSIQUIATRIA (2014). DSM-5. Guía de consulta de los criterios diagnósticos del DSM-5-Breviario. Madrid: Editorial Médica Panamericana.
  • ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE (OMS) (2018) Clasificación Internacional de Enfermedades, 11.a revisión. Recuperado de https://icd.who.int/es
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