O que é o instinto de sobrevivência na psicologia

O que é o instinto de sobrevivência na psicologia

O termo 'instinto' vem do latim de 'instinctus', que deriva de instiguer e significa incitar. Tal expressão é bastante utilizada cotidianamente para se referir a qualquer ação ou comportamento praticado por um animal ou pessoa de forma automática, em outras palavras, sem ser consciente disso, mas por uma força interna.

Em linhas gerais da psicologia, o comportamento animal é baseado essencialmente nos instintos, que permitem a sobrevivência de cada animal e sua espécie através da satisfação das necessidades primárias como a fome, sede, sono e sexo. Neste artigo de Psicologia-Online detalhamos o que é o instinto de sobrevivência na psicologia e o que você precisa saber sobre.

Instinto de sobrevivência animal

Quando falamos em sobrevivência animal, é comum ouvir por aí que na lei da natureza sobrevivem os mais fortes. A cadeia alimentar é constituida de maneira que alguns animais se alimentam de outros chegando então ao topo da pirâmide de forma que o mais forte é aquele que sobrevive. A prioridade de qualquer animal, de fato, é conseguir alimentos necessários e suficientes para sobreviver, assim como não ser atacado pelos seus predadores que estão acima na cadeia alimentar.

O instinto de sobrevivência animal, por sua vez, é como se fosse um 'clique' que se dispara diante das situações mais adversas de maneira que desperta naquele animal toda a sua engenhosidade a fim de salvar a sua própria vida. Ativam-se uma série de mecanismos que fazem com que o animal em questão se mova de forma constante, como se estivesse programado de maneira automático. Isto é o instinto de sobrevivência. Cada animal e cada espécie tem os seus próprios comportamentos instintivos. Como, por exemplo, chocar, adotar, se esconder, comer vigiando o local, dormir em vigia, emitir sons, dentre outros.

O que é o instinto de sobrevivência humano

Quando falamos de pessoas, as coisas ficam um pouco mais complicadas. Os instintos humanos seriam "apenas" a base de uma série de condicionamentos mais complexos. O instinto torna-se a base do comportamento, que é muito complexo por causa de muitos outros fatores.

A espécie humana, entretanto, tem um instinto animal de origem comum. O sentimento instintivo é o da sobrevivência, da fome, da sede e o sexual. A maneira a qual a natureza programou tudo, inserindo controles do tipo ao inconsciente de cada espécie, é o que garante a sobrevivência de cada indivíduo.

Teorias do instinto de sobrevivência na psicologia

Na psicologia, o termo instinto faz referência a um impulso inato a algum comportamento desencadeado por estímulos ambientais. Tal conceito já foi objeto de estudo, principalmente das perspectivas evolutivas, que afirma que os instintos são selecionados e estabelecidos dentro da gama de comportamentos próprios de uma espécie. O que é a base para a utilidade desse instinto para a sobrevivência da própria espécie. Sob tal ponto de vista, os instintos constituem as principais motivações do comportamento humano.

  • Se você conversar com alguém que siga a linha freudiana, essa pode afirmar que o comportamento humano está regulado por impulsos instintivos: um impulso é um constituinte psíquico genéticamente determinado que produz um estado de excitação e/ou tensão que impulsiona o indivíduo a tal atividade. De acordo com Sigmund Freud, as pessoas são influenciadas a agir por dois instintos ou pulsões básicas: a sobrevivência ou procriação sexual (Eros) e a morte ou destrutividade (Thanatos).
  • Em 1954, o psicólogo estadunidense Abraham Harol Maslow desenvolveu a teoria das necessidades humanas. Dentro dela, foi a criada a conhecida pirâmide de Maslow, que divide cinco níveis para a sobrevivência de uma pessoa. Eles vão dos mais elementares aos mais complexos, de caráter sociais. A pessoa se realiza passando pelos diferentes níveis, que devem ser satisfeitos de maneira progressiva.

As bases neuronais da sobrevivência humana

O instinto de sobrevivência acontece entre o cerebelo e o cérebro. Neurocientistas britânicos da Universidade de Bristol cartografaram este instinto em um estudo publicado no Journal of Physiology. O trabalho ilumina os circuitos chaves do medo, dos mecanismos responsáveis pelo mesmo e apresenta novos objetivos para desenvolver terapias contra ansiedade, fobias e ataques de pânico. As investigações ainda descobriram um caminho nervoso de conecta a substância cinzenta periaquedutal a uma área do cerebelo que se ativa em situações perigo, que é chamada de pirâmide e se localiza na parte superior do cérebro.

Em suma, quando os circuitos centrais dessa substância cinzenta se ativam diante de uma situação ameaçadora, elas enviam impulso à pirâmide do cerebelo. Essa última, por sua vez, é o que produz as reações fisiológicas características associadas ao perigo. A pirâmide também funciona como uma estação que conecta diferentes vias de emoções fortes.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
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