O que fazer no primeiro encontro

O que fazer no primeiro encontro

Os primeiros encontros sempre nos proporcionam diversas emoções. Ficamos muito nervosos e ansiosos porque queremos que tudo saia perfeito ou perto disso, na hora de nos organizarmos, dá um branco em nossa cabeça e ficamos extremamente inseguros no momento de tomar decisões. Não sabemos aonde ir, do que conversar, se é certo ou errado fazer certas coisas, e isso nos enche de questionamentos internos.

Em Psicologia-Online, sabemos que para esses momentos seria perfeito ter um guia com ideias que nos ajudem a pensar claramente e escolher bem para nos sentirmos seguros. É por isso que neste artigo falaremos sobre o que fazer no primeiro encontro para conquistar: planos, temas de conversas e conselhos.

Onde ir no primeiro encontro: opções e lugares

A primeira coisa a decidir é onde será o encontro e essa escolha dependerá, em parte, do interesse da outra pessoa. Provavelmente, se você vai sair com alguém que conheceu em um aplicativo de relacionamentos e quer tirar a dúvida de como essa pessoa é, o mais comum é marcar o encontro em um café ou em um bar, mas quando se trata de uma pessoa por quem você já tem interesse, não há dúvida de que você irá querer que seja marcante.

Primeiro, é importante deixar claro que o primeiro encontro é para as pessoas se conhecerem e, portanto, recomendamos que você escolha um lugar em que possam ter um momento de conversa e conexão. Se estiverem fazendo uma atividade que não permita espaço para papear, se conectarem e se conhecerem, não acontecerá uma aproximação entre vocês e, se a atração física e química não for muitíssimo intensa, dificilmente terá um segundo encontro. Seja qual for a situação, abaixo sugerimos algumas ideias para o primeiro encontro:

Um plano diferente

Saia do habitual. Se você está conhecendo alguém por meio de um aplicativo de relacionamento, você deve levar em consideração que essa pessoa não sabe nada sobre você, apenas te viu por foto e também pode estar conhecendo outras pessoas. Por esses motivos, se você convidar para uma cafeteria ou um bar, será apenas mais um convite comum, então, aconselhamos que convide para um lugar diferente, que saia do habitual. Caso seja uma pessoa que você já conhece e deseja impressioná-la, é mais recomendado ainda que você experimente um lugar diferente e fora do comum.

Tomem um café no parque, ou comprem para tomar enquanto estão conhecendo a cidade, procurem um lugar pitoresco e diferente. Qualquer mudança, por menor que seja, propiciará uma conexão, pois mostrará uma diferença entre você e as pessoas com quem ela/e saiu anteriormente, e isso te fará especial para ela/e. Além disso, cada vez que quebramos a rotina, nos colocamos de outra forma diante da situação. Ir a um lugar novo e diferente será uma experiência que ambos se recordarão, e isso marcará essa recordação com um sentimento positivo, e também favorecerá que vocês disfrutem, relaxem e riam durante o encontro. Alguns exemplos de planos diferentes são:

  • Piquenique ou café no parque.
  • Caminhar pela cidade juntos.
  • Assistir a um tour guiado pela cidade, sempre haverá novos cantos a serem explorados, ou um dos dois pode ser o guia, e mostrar quais são seus pontos favoritos na cidade para o outro.

Brincar com os sentidos

A primeira atração acontece pela visão. Quanto mais estímulos sensíveis possuirmos, mais atraídos vamos nos sentir pela outra pessoa. Se arrume, passe perfume e procure lugares que estimulem os nossos sentidos: visão, audição, olfato, tato e paladar. Quanto mais novidade, melhor será a associação para a pessoa gravar esse momento em sua mente. Algumas ideias atípicas que estimulam os sentidos:

  • Experiências gastronômicas, com degustações profissionais ou não.
  • Coquetelaria molecular.
  • Bares com música ao vivo
  • Espetáculo de dança ou teatro
  • Uma aula de dança

Pergunte suas preferências

Seja inovador/a, mas também cauteloso/a. Você está conhecendo a outra pessoa, e a ideia é que ambos se sintam confortáveis. Antes de propor qualquer ideia, antes do encontro, pergunte e faça um pequeno teste sobre os interesses da outra pessoa, assim poderá fazer sua escolha considerando o interesse de vocês dois.

Ideias divertidas

Vivam um momento cheio de risadas, isso estimulará a dopamina em seu cérebro, o que fará com que a experiência seja prazerosa e relaxante para ambos. Veja algumas ideias divertidas para um primeiro encontro:

  • Um stand up
  • Ir ao cinema ver uma comédia
  • Parque de diversões

Um primeiro encontro em que você possa compartilhar interesses em comum é uma ótima ideia para quebrar o gelo e gerar uma conexão instantânea. São essas experiências compartilhadas que facilitarão as conversas posteriores, e as farão fluir, permitindo que vocês se conheçam a partir dos seus interesses. Se ambas as pessoas são super ativas, apaixonadas por cozinha ou fascinadas pela arte, você pode encontrar um plano ideal para o primeiro encontro. Veja abaixo algumas ideias de lugares que vocês podem ir no primeiro encontro, de acordo com seus respectivos interesses:

  • Ir a um evento esportivo.
  • Praticar um esporte juntos.
  • Ir a uma aula de culinária.
  • Ir a uma feira de artes, exposição em um museu, fotografia etc.
  • Passeio de bicicleta.
  • Realizarem uma excursão juntos.

O que falar em um primeiro encontro

Outro ponto que nos aflige e nos agonia é a capacidade de manter uma boa conversa em um primeiro encontro, de modo que a outra pessoa se interesse e queira repetir a saída. Todos desejamos ter uma conexão especial e uma conversa interessante, fluida e estimulante. Mas como podemos fazer com que isso aconteça? O que é necessário para conquistar esse feito?

Primero, é importante esclarecer que ser "bom de conversa" é uma habilidade que pode ser exercitada e trabalhada. Existem pessoas com capacidade de seduzir qualquer um, pois alcançam uma conexão e uma boa conversa com qualquer pessoa que seja. O que precisamos levar em consideração para alcançar isso?

Temas para conversar durante o primeiro encontro

Vejamos alguns temas para conversar durante o primeiro encontro:

  • Nossas paixões e passatempos: falar sobre o que nos move, do que gostamos, pelo que somos apaixonados e o que nos faz vibrar na vida garante uma abertura inicial impressionante. Nos relaxa e nos deixa à vontade quase que imediatamente. Além disso, é extremamente atraente ver o outro falar sobre o que o encanta, e nessas conversas podem ser encontrados vários aspectos em comum com a outra pessoa.
  • Como nos conhecemos: inicialmente, falar de como nos conhecemos é começar uma conversa de forma fácil para ambos, e que pode ajudar as coisas a fluírem mais facilmente. Falar sobre como foi sua experiência, sobre o que sentimos, acreditamos ou pensamos. E, também, podemos falar sobre nossos medos e inseguranças, falando desde o início daquilo que é difícil para a gente, gera uma proximidade com o outro, abrindo imediatamente um canal de confiança.
  • Metas a curto e longo prazo: pergunte ao outro o que ele quer na vida, como se imagina daqui alguns anos, quem ele/a gostaria de ser e o que gostaria de ter, isso nos dá muita informação sobre o outro. Nos aproxima. Nos ajuda a conhecer profundamente a outra pessoa, e a saber em qual situação ela se encontra, o que espera da vida, de nós nesse momento, e de uma possível relação futura.
  • O que nos agrada no outro: ao final do encontro, é bom sempre reforçar aquilo que foi positivo. Mostrar ao outro o que você gostou, o que ele/a fez por você que te agradou, algo novo que descobrimos e o que nos surpreendeu. Isso reanima o outro, faz com que ele/a se sinta mais confortável e seguro/a, o que nos ajuda a criar uma conexão. Também podemos falar do que nos agrada, pois caso exista um segundo encontro e a pessoa queira nos seduzir, já saberá o que deve fazer.

Aqui você encontrará mais informação sobre como começar uma conversa.

Atitudes durante a conversa

Algumas dicas importante sobre o que devemos levar em consideração durante o primeiro encontro.

  • Escute mais e fale menos: algo muito importante na hora de ter uma boa conversa é procurar escutar ao outro, e não somente ouvir para responder. Dar um espaço para que a pessoa seja ela mesma, livre e sem prejuízos para que possamos conhecê-la verdadeiramente. E, além disso, permitir que ela/a compartilhe bastante informação, ajuda a pessoa a relaxar e a se sentir mais confortável ao nosso lado.
  • Tenha senso de humor: criar um ambiente relaxado em que possamos rir livremente de coisas engraçadas, de nós mesmos e do que ocorre ao nosso redor. As risadas aumentam a dopamina em nosso cérebro, nos relaxando e nos deixando mais felizes, sem dúvida é uma boa estratégia para usar em um primeiro encontro.
  • Olhe nos olhos do outro quando falar, mostra que você está atento a ele/a e ao que está falando. Queremos que saibam que você está interessado/a em escutar.
  • Uma conversa espontânea: quando falamos de uma conversa espontânea, nos referimos a uma conversa fluida, que vai fluindo por diferentes tópicos. Daquelas conversas que sabemos onde começam, mas não temos ideia de onde terminam, porque nos envolvem e nos levam a conhecer coisas que nem esperávamos. Para que isso aconteça, escute o outro, tenha atenção naquilo que ele/a diz e evite monopolizar a conversa ou fazer um interrogatório.

Perguntas para fazer no primeiro encontro

Quais perguntas podemos fazer no primeiro encontro?

  • Pelo o que você é mais apaixonado na vida? Quais são seus hobbies? Ao que você se dedicaria sem que lhe pagassem um centavo? Quando foi a última vez que não conseguiu dormir de tão entusiasmado/a que estava com algo? E pelo que era esse entusiasmo? Quais temas você poderia passar o dia todo falando?
  • Qual foi a coisa mais importante pela qual você passou na vida? Qual foi a coisa mais linda que já te falaram? Do que você sente mais orgulho até o momento? O que você acredita que falta conquistar para ficar satisfeito/a consigo mesmo/a?
  • Qual foi a última coisa que fez que te deixou orgulhoso/a? Qual foi a coisa mais vergonhosa que lhe aconteceu nos últimos tempos?
  • O que chamou sua atenção em mim e o que te fez ficar? Qual a pior e a melhor coisa que aconteceu em um encontro? Qual seria seu encontro ideal, o que teria e o que não teria nele?
  • Qual a coisa que você mais aprecia em um/a melhor amigo/a? O que seus amigos falariam de você?
  • Quais são seus planos a curto e longo prazo? O que você gostaria de conquistar na vida? O falta para isso? Como você se imagina daqui a 5 anos?

Você não precisa fazer todas as perguntas. A ideia é que você faça aquelas que mais te interessam e que te deixem mais confortável para a conversa ir fluindo naturalmente. Se isso não acontecer, neste post existem várias perguntas para te auxiliarem a sair de uma situação desconfortável e permitir que você siga conhecendo o outro.

Dicas para um primeiro encontro

Uma dúvida muito comum é até que ponto devemos chegar quando saímos com uma pessoa pela primeira vez e o que é aconselhável ou não fazer. A verdade é que esse tema é muito subjetivo e depende de muitos, muitos fatores.

É tudo bem beijar ou ter relações no primeiro encontro? Em minha opinião, sempre faça aquilo que o seu coração diz e saiba escutá-lo em cada momento. Existem vezes que nos conectamos com alguém de uma forma impressionante, e não fazemos nenhuma dessas coisas porque achamos que não deveríamos, seja porque é cedo demais, ou porque não é uma boa estratégia etc. e logo depois nos arrependemos. Outras vezes, seguimos aquilo que acreditamos ser o que o outro quer, ou porque achamos que deveríamos fazer e acaba sendo um grande sabotador que esfria as coisas e nos coloca travas que, às vezes, nos impedem de seguir adiante e fazer com que as coisas fluam livremente.

Até quando é recomendado esperar para poder dar o primeiro beijo ou dormir com alguém? Isso depende de muitos fatores:

  • O que queremos: queremos ver o que acontece? Queremos um encontro passageiro? Queremos um relacionamento? Queremos conhecer o outro antes de dizer o que queremos? Antes de decidir qualquer coisa, é importante nos questionarmos sobre o que queremos para agirmos de acordo com nossos desejos e interesses, e não nos autossabotarmos. A ideia é que depois não sintamos culpa ou arrependimentos.
  • Como nós funcionamos: também é extremamente importante que saibamos como somos depois de ter relações sexuais ou de beijar alguém. Existem pessoas que conseguem dividir claramente o sexo do amor, e outras que se sentem apaixonadas, perdidas, confundidas ou vazias depois de ter uma relação sexual. Isso só pode ser identificado revisitando as antigas relações e analisando como você se comporta em cada caso, e o que te faz sentir mais confortável e também mais desconfortável. A ideia, como falamos anteriormente, é não nos arrependermos e nem nos autossabotarmos.
  • O desejo não é tudo: depende do que queremos, mas nos deixar levar apenas pelo desejo, deixamos de lado um monte de coisas. Como falamos antes, tudo depende do que a gente procura, mas se você procura conhecer alguém de verdade, fazer sexo de imediato pode levar você ou os dois a se confundirem um pouco, o que pode dificultar ou bloquear o processo para continuarem se conhecendo. Não existe uma receita para ter um relacionamento, e nem uma única forma de nos relacionarmos. Normalmente, tanto os homens quanto as mulheres são mais atraídos por aquilo que é difícil de conseguir. O desejo e a atração aumentam à medida que atrasamos um pouco mais as coisas. Dessa forma, também deixamos espaço para a fantasia, a qual acaba criando cada vez mais desejo e tensão sexual.
  • O que esperamos e o que realmente queremos: falar de beijar ou não no primeiro encontro pode depender também da nossa intenção e do que nos desperta ao estar com a outra pessoa. Um beijo nos permite identificar quanta química temos com o outro, demonstra interesse e desejo pelo outro, é um indicador de que existe atração mútua. Mas se o outro não consegue nos convencer, se não nos sentimos com vontade, confiantes ou simplesmente não queremos beijar a outra pessoa, não temos por que fazê-lo.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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