Odeio a minha mãe, o que fazer?

Odeio a minha mãe, o que fazer?

A relação entre mãe e filha/o é complexa. Uma pessoa pode experienciar sentimentos ambivalentes de carinho em alguns momentos e de ódio profundo em outros. Em alguns desses momentos, essa pessoa deseja reafirmar a sua própria identidade e forma de ser perante a mãe, uma pessoa idealizada a um nível extremo na infância (algo lógico nessa idade) e cujos defeitos foram descobertos na adolescência. Ou seja, no processo de conhecimento pessoa, a filha ou filho descobrem carências e debilidades na mãe que, um dia, viu como perfeita. Em Psicologia-Online, analisamos a pergunta "por que odeio a minha mãe?". Se você se sente identificado com essa afirmação, te ajudamos a encontrar a resposta.

Odeio a minha mãe: 5 causas possíveis

  1. Inveja de um irmão ou irmã. Uma das causa pelas quais você rejeita a sua mãe pode ser o ciúme. Quando uma pessoa sente ciúme de um dos seus irmãos ou irmãs por acreditar que não recebeu o mesmo nível de atenção ou por se sentir na sombra deles. Dessa forma, acabou desenvolvendo um sentimento de ódio em relação à sua mãe. Inveja e ciúme são dois sentimentos que se retroalimentam. Essas sensações podem ser totalmente subjetivas, contudo, a inveja reprimida por muito tempo provoca desgaste. De forma frequente, a inveja que se reprime por muito tempo, já que a pessoa que a sente não costuma reconhecê-la perante os outros.
  2. Uma relação complicada. A relação entre mãe e filho/a costuma ser descrita desde a idealização, no entanto, além do carinho e do próprio laço afetivo, a realidade é que existem casos frequentes de pessoas que têm uma relação complexa com a própria mãe. Uma simples diferença de personalidade pode fazer com que mãe e filho/a não tenham um bom nível de afinidade. Se você acredita que a sua mãe não gosta de você, não perca esse artigo para entender melhor a situação.
  3. Carências afetivas na infância. Mães e pais educam os seus filhos tentando fazer o melhor possível. Porém, são humanos e também cometem erros. Alguns desses erros podem dar lugar a carências afetivas na infância, vazios emocionais que perduram na etapa adulta se o filho/a não atendeu essa dor interna.
  4. Atitudes tóxicas. Além de ser mãe, uma pessoa tem outras qualidades no seu caráter. Atualmente, o termo "pessoas tóxicas" é muito usado. Uma mãe também pode ter atitudes tóxicas que provocam dano no seu filho. É possível que ela adote alguns desses comportamentos repetidos de forma inconsciente. No entanto, a queixa crônica, por exemplo, provoca um desgaste de negatividade que prejudica o estado de humor dos que estão ao seu redor, como se fosse contagiosa. Saiba mais sobre mães tóxicas nesse artigo.
  5. Adolescência. A adolescência é uma etapa especialmente complexa. Uma etapa na qual o jovem se posiciona perante os seus pais buscando a reafirmação da sua própria identidade. Contudo, em simultâneo, o jovem é dependente dos seus pais, os quais necessita de verdade. Esta situação contraditória pode derivar em sensações também contraditórias. Convém notar que a adolescência é um período da vida muito positivo no desenvolvimento da personalidade.

Odeio a minha mãe, o que fazer?

Agora que você já sabe as possíveis causas que respondem à questão "por que odeio a minha mãe?", é importante que você saiba o que fazer quanto a isso para tentar reduzir esse sentimento tão negativo. Esses são os melhores conselhos que podem ser úteis no caminho de quem quer saber o que fazer quando odeia a mãe:

  • Pense em algo pelo qual você sente gratidão. Reflita sobre algo que você possa agradecer à sua mãe, mais além dos defeitos dela, reflexione com o coração para tentar compreender tudo o que ela fez por você ao longo da vida.
  • Perdoe os erros dela. A sua mãe não é a única que te decepcionou ao longo da sua vida, ela é humana. É possível que você também tenha decepcionado a sua progenitora em algum momento? Procure se liberar do rancor através do perdão. A sua mãe é a raiz da sua vida, uma referência constante para você. Portanto, você pode ser feliz de costas para as suas origens.
  • Seja humilde. Muitos filhos/as compreendem muitos dos comportamentos das suas mães quando eles mesmos formam uma família e descobrem, em primeira mão, as dificuldades da responsabilidade familiar.
  • Abrace a sua mãe com o coração. Talvez o ódio te tenha levado a desenvolver uma carapaça. No entanto, o poder de um abraço é tão forte que debilita qualquer muro psicológico.
  • Terapia psicológica. O ódio em relação a uma mãe pode provocar tanto bloqueio cerebral, que isso acaba afetando negativamente outras esferas da vida. Por esse motivo, se você estava passando por uma situação desse tipo e sente que não consegue avançar na direção desejada sozinho, peça ajuda psicológica.
  • Diferença de gerações. Essa distância generacional também marca uma circunstância concreta na relação entre mãe e filho/a. Tente compreender as conotações próprias dessa diferença de idade que influencia a própria experiência de vida. É muito provável que a sua mãe observe muitas questões de maneira diferente da sua. Tente ter empatia em vez de julgar.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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