Por que tenho medo de compromisso

Por que tenho medo de compromisso

Cada pessoa tem sua própria história vital e além da teoria, a prática da experiência também aporta um significado próprio à vida dessa pessoa e a seu modo de se comportar no amor. No entanto, o passado não determina o presente. Qualquer pessoa pode se reinventar a si mesma através da disposição de novas atitudes e pensamentos.

O medo é um freio habitual no amor. Talvez em algum momento você tenha se perguntado: por que tenho medo do compromisso? Neste artigo de Psicologia-Online, te ajudaremos a encontrar a resposta a partir da observação de diferentes causas, os erros que deveria evitar e os conselhos que podem te ajudar a desenvolver sua coragem interior nesta situação.

Por que tenho medo de compromisso: 6 possíveis causas

  1. Um término recente. Um dos traços do ser humano é querer acelerar o ritmo de seu próprio coração. Talvez você se encontre em um ponto em que não está realmente recuperado de uma ferida prévia. Essa ferida precisa ser curada antes de abrir o coração para outra pessoa nos termos de uma relação estável. Você não está preparado/a para o compromisso quando a ideia de voltar a se apaixonar faz surgir em você uma enxurrada constante de sensações contraditórias que te lembram desse passado que gostaria de esquecer. No seguinte artigo, te damos conselhos para superar o fim de um relacionamento.
  2. Uma série de histórias dolorosas. Quando uma pessoa colocou suas expectativas na ilusão de diferentes histórias de amor e sente a frustração de não ter experimentado um final feliz em nenhuma delas, se sente vulnerável porque chega um momento em que se questiona se existe o amor correspondido. Portanto, esta causa conecta com o medo de sofrer novamente.
  3. Desejo de estar solteiro/a. A sociedade atual, entretanto, continua enviando mensagens constantes que equiparam a felicidade com o/a companheiro/a. Isto pode te tornar uma pessoa que se sente em constante contradição entre os valores sociais (vinculados à vida em casal) e seu próprio desejo de não se envolver em uma história de amor na forma de uma relação estável.
  4. Não é a pessoa adequada. Existem circunstâncias nas que se confunde o medo do compromisso com o fato de não se estar diante da pessoa que realmente inspira esse desejo de viver um amor estável com projeção de futuro.
  5. Ideais equivocada sobre o amor. Quando uma pessoa sente que por estar comprometida com alguém não pode se desenvolver individualmente ou pensa que deve renunciar a sua própria liberdade, deve fazer uma revisão de suas próprias suposições mentais. A liberdade é um bem inerente ao ser humano, não importando quais sejam suas circunstâncias sentimentais.
  6. Comodidade. Uma pessoa pode se sentir muito confortável se ficar muito tempo solteira. Isto faz com que a ideia de um novo amor mova os pilares dessa vida previsível. O medo diante da mudança é frequente neste tipo de situações.

Diante da pergunta: por que tenho medo de compromisso? Tente especificar sua resposta.

6 conselhos para superar o medo de compromisso

  1. Defina o ritmo da relação. Se você tem medo, é possível que precise levar a história com mais calma. Viva os encontros em seu ritmo. Deste modo, sentirá que a relação avança mais devagar e isto te permitirá tomar suas próprias decisões.
  2. Assuma o medo e não o disfarce. É importante que chame as coisas pelo seu nome porque apenas quando reconhecer este medo poderá manejá-lo melhor. Se você sente que perdeu belas oportunidades de amar e ser amado, isto pode te fazer sofrer, então, valorize a possibilidade de fazer uma terapia psicológica.
  3. Essa pessoa não vai esperar para sempre. Algumas pessoas se arrependem de sua indecisão quando observam que esse alguém se distanciou. Portanto, tome suas decisões seguindo seu próprio ritmo, mas também compreendendo que seu interlocutor é humano e não pode ser feliz com a incerteza constante.
  4. Não brinque com os sentimentos de ninguém. Ter medo do compromisso não é uma desculpa para gerar expectativas falsas em alguém. Portanto, primeiro esclareça suas ideias.
  5. O compromisso gera responsabilidade. Talvez analise o medo em sua parte negativa, no entanto, também tem um lado positivo. Te ajuda a ser prudente ao ser consciente de que quando assume um compromisso com alguém, é responsável de suas palavras e ações.
  6. Dê-se a oportunidade de crescer. Você evolui como pessoa quando se permite ir além de sua zona de conforto para superar um limite. Se acredita que conheceu uma pessoa que merece e da qual gosta o suficiente para dar a oportunidade de tentar, então, coloque em prática a coragem de arriscar. Porém, não se pode conhecer muitas das respostas de antemão.

Como não agir diante do medo de compromisso

Se você deseja encontrar a forma de resolver seu medo de compromisso, há uma série de coisas que deve evitar:

  • Fingir que nada está acontecendo. Ignorar esta realidade e ocupar a mente em outros aspectos da vida.
  • Culpar-se por isso. Não deveria se sentir culpado/a por este medo. No entanto, a situação é diferente quando você vive vai e vens intermináveis nos quais promete expectativas que logo não cumpre. Isto é, quando não é claro com a outra pessoa quando fala de um futuro em comum.
  • Idealizar os outros. Muitas pessoas sentem certo medo de compromisso nos dias prévios ao casamento. Questionam-se de coisas que não haviam pensado antes. Isto é, o medo e o amor são dois sentimentos que podem estar muito vinculados na perspectiva da própria responsabilidade de amar de verdade e a incerteza do futuro.
  • Acreditar que mudará por alguém. A mudança deve vir de você. Para poder viver uma relação plena, primeiro, você tem que ter alcançado um bom nível de autoestima.
  • Observar este medo apenas no presente porque seu impacto alcança seu futuro quando olha ao passado e observa que gostaria que uma história tivesse acontecido de outra maneira.

Veja também o nosso artigo sobre Por que os homens têm medo de compromisso.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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