Redes sociais e ansiedade: como superar essa relação

Redes sociais e ansiedade: como superar essa relação

As redes sociais fazem parte da vida de quase toda a população mundial. A cada dia somos apresentados a novos aplicativos, novos produtos, ou novas formas de fazer coisas diarimente, como a prática de exercícios físicos, por exemplo. A internet nos proporciona o acesso a uma infinidade de informações a cada segundo, mas até que ponto isso é saudável?

Redes sociais e ansiedade: como superar essa relação, deve ser tema em pauta na vida de milhares de pessoas, afinal, as redes sociais tem feito aumentar consideravelmente os níveis de ansiedade nas pessoas.

Podemos perceber os sinais a partir de um processo de autoavaliação, ou seja, não precisamos ir muito longe para entender o quanto essa relação é prejudicial.

No artigo de hoje de Psicologia-Online vamos falar sobre a relação das redes sociais e a ansiedade, como evitar que ela se torne prejudicial e as formas de identificar os gatilhos para ansiedade e outros problemas que afetam nossa saúde mental. Acompanhe!

As mudanças no mundo atual

Com a chegada do home office as pessoas tendem a passar cada vez mais tempo conectados à internet. No entanto, o excesso de exposição a internet e as redes sociais de modo geral, causam um impacto negativo na vida das pessoas a médio e longo prazo.

Pode ser difícil percebermos os impactos de imediato e, por isso, continuamos a usar as redes sociais todos os dias e com cada vez mais frequência. Porém, no médio prazo algumas características podem ser observadas a partir de uma autoavaliação.

O mundo mudou, isso é um fato, e todos os dias temos acesso a milhares de informações novas. Algo que acontece neste exato minuto pode virar notícia poucos segundos depois. As mudanças do mundo nos permitem estar por dentro das informações rapidamente e é aqui que se encontra o problema.

Ansiedade e redes sociais

O bombardeio de notícias a que estamos constantemente submetidos faz aumentar nossos níveis de ansiedade, e pode prejudicar em outros níveis nossa saúde mental. Um estudo realizado pelo ICD [1] mostra que 42% dos brasileiros identifica sinais de ansiedade relacionado às redes sociais. Os motivos podem ser muitos, e vamos descrever os principais a seguir.

Portanto, aproveite este momento para iniciar um processo de avaliação de si mesmo, observe como é a sua relação com as redes sociais, busque identificar quanto tempo você permanece conectado e quais impactos essa conexão tem gerado na sua rotina, nos seus relacionamentos, no seu trabalho, e na sua vida como um todo.

Para muitas pessoas, a internet virou um meio de descanso, é aqui que as pessoas passam as suas horas vagas, buscam relaxar e se distrair do "mundo real". Mas o problema está justamente no fato de que, na internet, o mundo real é mascarado por filtros no Instagram e por realidades inventadas, e assim, desencadeia ansiedade em milhares de pessoas.

Principais sinais da relação redes sociais e ansiedade

Para que possamos adotar medidas mais saudáveis para o uso das redes sociais é importante sabermos reconhecer os principais sinais de ansiedade diante do uso das redes sociais.

  • Necessidade constante de estar conectado: se você passa a maior parte do dia conectado à Internet, tem necessidade de acessar constantemente as redes sociais para se atualizar do que está acontecendo. Se este é o seu primeiro ato ao acordar e o último antes de dormir, saiba que estes são sinais de alerta. Nesta prática estamos comprometendo seriamente a nossa qualidade de sono e também a nossa produtividade ao longo do dia. Aumentando cada vez mais a probabilidade de procrastinação, e os nossos níveis de ansiedade se mantém elevados.
  • Sentir medo de estar desconectado: esse deve ser outro sinal de alerta para o uso excessivo das redes sociais. Para saber como evitar essa relação entre redes sociais e ansiedade é preciso trabalhar o medo de ficar desconectado ou desatualizado. Afinal, este é um medo irracional, uma vez que ficar desconectado da Internet não causará danos graves à vida do usuário. Estarmos constantemente atualizados de tudo o que acontece pode ter um efeito inverso do desejado, uma vez que, o excesso de informação pode levar a quadros graves de ansiedade e depressão.
  • Excesso de comparação: é quase inevitável a comparação com a vida do outro, afinal, as pessoas usam as redes sociais para compartilhar tudo o que lhes acontece - em sua maioria, apenas as coisas boas. Portanto, criamos o hábito de nos compararmos constantemente com a vida que o outro posta.
  • Falta de concentração e procrastinação: quando passamos muito tempo nas redes sociais, podemos desenvolver problemas de concentração e tendemos a procrastinar mais as nossas atividades, especialmente aquelas que não gostamos muito de fazer. Assim, não é incomum que deixamos de organizar a casa, fazer trabalhos da escola ou profissionais, e até deixamos de ter contato com nossos amigos e familiares.

Portanto, se você identifica algum desses comportamentos em você, ou ainda, irritabilidade ao estar longe das redes sociais, necessidade de consumo de novas notícias, se sente incomodado por não receber muitos comentários ou curtidas nas suas publicações, compra muitos produtos ou serviços oferecidos por influenciadores, fica irritado/a ou ansioso/a quando alguém que você segue demora a postar atualizações, é hora de diminuir o uso das redes sociais e buscar ajuda de um profissional.

Como diminuir o impacto da relação redes sociais e ansiedade

Uma vez que você conseguiu identificar que o uso das redes sociais tem prejudicado a sua qualidade de vida e saúde mental, lhe causando ansiedade e outros problemas, é necessário descobrir formas de como evitar essa relação das redes sociais e a ansiedade.

Para isso, existem algumas práticas simples que podem ser adotadas que farão toda a diferença na sua qualidade de vida e diminuição dos índices de ansiedade:

  • Limite o uso: procure limitar o uso das redes sociais para apenas alguns minutos do seu dia, preferencialmente após a conclusão de suas tarefas, assim você evita a procrastinação.
  • Unfollow: observe a sua lista de quem você segue e o que essas pessoas têm agregado de bom a sua vida, em seguida dê unfollow em todos aqueles que apenas despertam gatilhos de ansiedade em você ou que o conteúdo deixou de lhe interessar.
  • Atenção à vida real: as redes sociais causam grande impacto na nossa vida real, portanto, priorize o contato pessoalmente, faça mais encontro com amigos, desligue o celular na hora das refeições, e aproveite mais os momentos em família e com amigos.
  • Detox: você está preparado para um detox das redes sociais? Procure passar alguns dias longe das redes sociais e rapidamente você será capaz de observar os benefícios que essa prática proporcionará na sua vida e a melhora nos índices de ansiedade!

Para evitar essa relação entre as redes sociais e ansiedade existem diversas práticas que podemos utilizar, mas para isso é essencial identificarmos o quão afetados estamos pelas redes e, também, quais os nossos objetivos a médio e longo prazo, uma vez que a ansiedade gerada pelo uso das redes sociais pode atrapalhar a concretização destes objetivos.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

Se pretende ler mais artigos parecidos a Redes sociais e ansiedade: como superar essa relação, recomendamos que entre na nossa categoria de Psicologia social.

Referências
  1. ICD. Disponível em: <https://indicadorconfiancadigital.com.br/#objetivos> Acesso em 19 de maio de 2022.
Bibliografia
  • CenttralMed. 2021. Ansiedade e redes sociais. Disponível em: <https://centtralmed.com.br/blog/ansiedade-e-redes-sociais/> Acesso em 19 de maio de 2022.
  • Jelena Kecmanovic. 2019. 6 dicas para proteger sua saúde mental das redes sociais. Disponível em: <https://revistagalileu.globo.com/Sociedade/Comportamento/noticia/2019/06/6-dicas-para-proteger-sua-saude-mental-das-redes-sociais.html> Acesso em 19 de maio de 2022.