Neuropsicologia

Síndrome do gêmeo evanescente

 
Alejandro Garcia Mingrone
Por Alejandro Garcia Mingrone. 29 agosto 2022
Síndrome do gêmeo evanescente

A concepção de um ser humano é um processo que pode se desenvolver de forma diferente em cada caso, já que cada pessoa tem características que a tornam única e irrepetível. Por este motivo, os controles que acontecem durante a gravidez são primordiais para avaliar as condições nas quais o feto está se desenvolvendo.

Dessa forma, mesmo sendo um período que normalmente desperta a felicidade de muitos casais, também pode se tornar uma fase triste e carregada de frustrações em determinadas situações. Um exemplo disso seriam os casos de gestação de gêmeos sujeitos a obstáculos que complicam a gravidez, como o falecimento de algum dos gêmeos no útero. Neste artigo de Psicologia-Online, te contaremos em que consiste a síndrome do gêmeo evanescente.

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Índice

  1. O que é a síndrome do gêmeo evanescente
  2. Causas da síndrome do gêmeo evanescente
  3. Sintomas da síndrome do gêmeo evanescente
  4. Consequências da síndrome do gêmeo evanescente
  5. Tratamento da síndrome do gêmeo evanescente

O que é a síndrome do gêmeo evanescente

A síndrome do gêmeo evanescente, também chamada de síndrome do gêmeo desvanecido ou desaparecido, consiste na perda de um dos embriões durante a gravidez, enquanto o outro continua se desenvolvendo para nascer. Este processo é produzido no útero como consequência de um aborto espontâneo quando a placenta absorve o embrião.

Causas da síndrome do gêmeo evanescente

Um dos aspectos mais importantes a se ter em conta quando falamos da síndrome do gêmeo evanescente é encontrar as origens deste problema. Sendo assim, cabe destacar que esta síndrome não ocorre de forma voluntária, mas responde a outros fatores específicos. A seguir, falaremos deles:

Fatores genéticos

De forma geral, a ausência do hormônio denominado gonadotrofina coriônica pode influenciar neste tipo de situações. Este hormônio estimula a produção de óvulos e outros hormônios sexuais e é encarregado de manter a gravidez em mulheres férteis.

Outros aspectos como anomalias na placenta ou em certos cromossomos também podem ser alguns da síndrome do gêmeo evanescente.

Fatores psicológicos

Mesmo que isto não esteja completamente demonstrado, durante a gravidez podem surgir desejos inconscientes de ter apenas um filho, o que pode ocasionar o aborto involuntário de um dos bebês. Por outro lado, a criança da mãe e suas experiências traumáticas também podem estar vinculadas a este problema.

Sintomas da síndrome do gêmeo evanescente

Existem algumas manifestações a nível fisiológico, emocional e do comportamento na síndrome do gêmeo evanescente. Detectar estes sintomas pode ajudar na hora de estabelecer estratégias para tratar este problema. Por outro lado, é importante ter em conta que pode ter mulheres que não apresentem sintomas que indiquem a presença da síndrome do gêmeo desaparecido.

A seguir, te mostraremos os principais sintomas da síndrome do gêmeo evanescente mais relevantes:

  • Sangramento.
  • Contrações.
  • Ruptura de bolsa.
  • Febre.
  • Dores abdominais.
  • Dores imprevistas.
  • Sensação de fraqueza.
  • Angústia.
  • Apatia.
  • Tristeza.

Mesmo assim, a presença isolada de algum destes sintomas não indica necessariamente que se tem a síndrome do gêmeo desvanecido. Por este motivo, é imprescindível que o diagnóstico seja feito por um profissional de saúde especializado na área que avalie as características clínicas de cada pessoa.

Síndrome do gêmeo evanescente - Sintomas da síndrome do gêmeo evanescente

Consequências da síndrome do gêmeo evanescente

A aparição da síndrome do gêmeo desvanecido apresenta efeitos que podem repercutir nas grávidas e muitas delas ficam marcadas depois destes episódios. Neste tópico te mostraremos algumas consequências da síndrome do gêmeo evanescente:

  • Se acontece durante o primeiro trimestre da gravidez, existem grandes probabilidades de que não tenha nenhum efeito adverso para o outro bebê.
  • Se existem falhas cardíacas em um dos fetos, pode ocorrer uma diminuição na tensão arterial.
  • O feto que sobreviveu pode enviar sangue ao que faleceu através da placenta.
  • A ausência de oxigênio pode provocar lesões nos tecidos e órgãos corporais.

Tratamento da síndrome do gêmeo evanescente

Infelizmente, não existe nenhum tratamento médico que possa impedir a síndrome do gêmeo evanescente, já que, como mencionamos anteriormente, as causas da síndrome do gêmeo evanescente respondem a fatores orgânicos vinculados à genética.

No entanto, é possível estabelecer um apoio psicológico que permita superar este tipo de situações de forma mais amena a partir de ferramentas específicas para cada pessoa. O contato com profissionais da saúde dos ramos da medicina e da psicologia permitirá abordar este período com uma força maior. Diante disto, é importante a realização de estudos médicos que permitam detectar anomalias importantes. Os dois tratamentos a se levar em consideração são.

Terapia psicológica

A terapia é um espaço que convida à reflexão pessoal sobre situações que produzem angústia, mal-estar ou incerteza. Neste tipo de casos, e dada a gravidade do assunto, a contenção emocional é fundamental para ajudar a superar a perda.

Avaliação médica

Este ramo da medicina estuda as características do corpo da grávida e permite averiguar se sofre da síndrome do gêmeo evanescente a partir da observação dos fetos. Da mesma forma, outros fatores como a idade da mulher, gravidez prévia, doenças preexistentes e antecedentes familiares também podem estar vinculados com a síndrome do gêmeo evanescente.

Síndrome do gêmeo evanescente - Tratamento da síndrome do gêmeo evanescente

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
  • Apaza Jaime, A.L., Toro Torres, J.L. (2017). Síndrome del gemelo evanescente. Revista Internacional en Salud Materno Fetal - Yo Obstetra, 1 (1), 19-20.
  • Vázquez Estela, D.E., Lanegra Maturrano, F.H. (2013). Feto evanescente, feto compreso, feto papiráceo. Revista Interciencia, 4 (3), 121-125.

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