Tecnofobia (medo da tecnologia): o que é, sintomas, causas e tratamento

A tecnofobia é o medo irracional e exacerbado da tecnologia e do entorno digital. Em outras palavras, a tecnofobia é um transtorno da ansiedade que consiste em uma rejeição dos aparatos tecnológicos. Segundo o DSM-V^[1], este transtorno se encontra dentro do grupo das fobias específicas, portanto devemos considerar as características que se manifestam neste tipo de fobias:

• Medo ou ansiedade diante da presença de tecnologia.
• A tecnologia quase sempre provoca medo ou ansiedade.
• O sujeito evita a tecnologia.
• Medo ou ansiedade desproporcional ao perigo real que a tecnologia representa.
• Duração de seis meses ou mais.
• Deterioramento das relações sociais, profissionais e familiares.
• O medo ou a ansiedade não estão vinculados com outros transtornos mentais.

Existe uma série de manifestações, tanto físicas como emocionais, que respondem a um quadro de tecnofobia. Nos itens seguintes, te mostraremos os principais sintomas do medo da tecnologia:

• Inquietação.
• Sudorese excessiva.
• Pensamentos vinculados ao perigo.
• Aumento da frequência cardíaca.
• Dificuldade na concentração e na atenção.
• Angústia.
• Atividades que evitem o contato com objetos tecnológicos.
• Medo excessivo.
• Tremores.
• Ansiedade.

Além dos sintomas descritos, cabe destacar que a presença de algum deles não representa necessariamente que estejamos diante de um quadro de tecnofobia. É necessário que o diagnóstico seja realizado por um/a profissional da saúde, devido a que será o ou a encarregado/a de avaliar as características da pessoa tendo em conta sua idade, sexo, histórico familiar, antecedentes médicos ou doenças pré-existentes, entre outros fatores.

Para entender a origem dos sintomas envolvidos na tecnofobia, é crucial situar as causas que determinam a condição. Por tal motivo, a seguir, descreveremos quais sãos as causas da tecnofobia:

Experiências desagradáveis

Se você se pergunta o que causa a tecnofobia, deve saber que as situações que vivemos ao longo da vida têm repercussão no modo com que pensamos, sentimos e agimos. Por este motivo, situações traumáticas nas quais tenha estado presente o uso da tecnologia podem ter como resultado que os aparatos eletrônicos passem a representar algo negativo para o sujeito. Diante desta situação, te recomendamos ler este artigo sobre como superar um trauma emocional.

Do mesmo modo, é possível que uma pessoa tenha observado certos comportamentos em referências familiares que também sofram de tecnofobia. Como consequência, a imitação de comportamentos pode refletir padrões de comportamentos que se estabeleçam na vida.

Evitação de mudanças sociais

Como mencionamos anteriormente, a tecnologia aparece em meio de uma série de mudanças a nível mundial. Sendo assim, existem pessoas que não querem se vincular com o entorno digital, já que preferem que a tecnologia não interfira em certos aspectos de sua vida e geralmente optam pela comunicação cara a cara.

Apesar das consequências que a tecnofobia implica, existem alguns tratamentos eficazes para abordar esta problemática. A seguir, te mostraremos como se supera a tecnofobia:

Terapia psicológica

A terapia pode ajudar a superar situações de estresse e/ou ansiedade de outra maneira. Por um lado temos:

• Terapias de longa duração: tentam situar a origem dos sintomas através da busca de situações do passado relacionadas com a problemática. Isto permite que a pessoa possa compreender suas dificuldades e assim adotar outras posturas.
• Terapias de curta duração: trabalham sobre as emoções, pensamentos e comportamentos implicados em uma determinada situação. Através de diversas técnicas, é possível que a pessoa tenha mais ferramentas para superar a tecnofobia. Aqui se pode apontar a terapia cognitivo-comportamental como o enfoque mais relevante.

Medicação psiquiátrica

Nos casos em que o medo da tecnologia seja de uma gravidade considerável, o uso de psicofármacos é uma opção que permite amenizar os sintomas da tecnofobia, dado que a medicação pode agir sobre as conexões neuronais do cérebro que estão associadas ao processamento das emoções e dos comportamentos. No entanto, o emprego de medicação deve ser supervisionado por um profissional da saúde que trabalhe em conjunto com um/a psicólogo/a.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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