Sentimentos

Quero me separar, mas tenho filho pequeno e não trabalho

 
Roberta Novoa
Por Roberta Novoa. 31 julho 2023
Quero me separar, mas tenho filho pequeno e não trabalho

Será que é possível separar mediante uma situação tão delicada quanto essa? Quando tomamos a decisão de nos separar e, principalmente, quando temos filhos, quantas dúvidas passam por nossa cabeça. É realmente angustiante imaginar uma situação que você não quer mais viver, com aquela pessoa, e ao mesmo tempo não tem uma fonte de renda e ainda tem uma outra pessoa, no caso o seu filho, que depende de você.

Não é uma decisão fácil, então vá com calma, e tampoco esqueça dos detalhes e das pessoas envolvidas. Por mais que se saiba o que quer e principalmente o que não quer, existem fatores relevantes a serem considerados e todos da família com certeza serão afetados.

Neste artigo de Psicologia-Online vamos falar sobre esse assunto, e refletir sobre questões relevantes quando você se depara com a dúvida: quero me separar, mas tenho filho pequeno e não trabalho.

Índice

  1. Me separei e não tenho onde morar
  2. Quero me separar, mas não tenho condições financeiras
  3. Quero me separar do meu marido, qual o primeiro passo?

Me separei e não tenho onde morar

A constatação que um casamento pode acabar a qualquer momento e que esse rompimento traz consequências é um fato real e que é do conhecimento comum, porém os fatores que levam esse relacionamento a acabar são muitos e cada casal dentro de sua dinâmica de vida, acabam avaliando juntos ou em separado para uma conversa posterior, que o fim é realmente inevitável.

Quero me separar, mas não tenho para onde ir

O grande detalhe é quando a situação do relacionamento se torna insustentável e você se vê nesse grande dilema de viver infeliz porque não tem um outro lugar para morar.

O ideal é que você faça um planejamento prévio, mesmo que não tenha um local para morar, é importante avaliar em seu círculo de amizades ou através de suas conexões com pessoas da família quem poderia te dar um suporte nesse primeiro momento.

Pensando que essa é uma situação provisória, até que você consiga se organizar e seguir com sua vida. Lembre-se que não é uma situação confortável, pedir esse tipo de ajuda, então só peça a alguém que realmente confie e que seja verdadeiro com você.

Quero me separar, mas não tenho condições financeiras

Se você tomou essa decisão de se libertar de um relacionamento falido, e recomeçar a vida de uma maneira que possa viver com mais qualidade e leveza, mas sabe que atualmente suas condições financeiras não são favoráveis, será necessário primeiramente abrir mão do conforto.

É provável que você precise retroceder ou voltar algumas casas para construir praticamente do zero sua vida. Buscar morar em um local mais simples, terá que ficar um bom tempo sem comprar roupas, e supérfulos. As compras ficarão resumidas ao necessário.

Dependendo da dinâmica de vida que você levava enquanto casada, e pensando na vida que quer construir pensando no que é melhor para você e na sua felicidade, você precisará reavaliar todos os seus gastos e mudar toda a rota, sempre destacando que é uma fase passageira em busca de algo maior.

Quero me separar, mas estou desempregada

Quando você está nessa situação, é importante ir em busca de sua recolocação, quais experiências profissionais já teve e que pode voltar a buscar uma ocupação nessa área? E não só isso, você faz algum trabalho manual, consegue revender algo, fazer trabalho na internet, enfim... esse é o pior momento para permanecer sem trabalhar, lembre-se que você quer se separar, e você sabe melhor do que ninguém os seus motivos, mas precisa conseguir o mais rápido possível uma fonte de renda para ter suporte nesse momento.

Pode ser até que você não consiga emprego em uma área qeu você realmente se identifique, mas lembre-se que é temporário. O importante é que você possa sustentar você e seu filho para que não passem necessidade. E, claro, lembre-se que por lei o seu ex marido é obrigado a dar a pensão alimentícia para o seu filho até que ele complete a maioridade.

Quero me separar do meu marido, qual o primeiro passo?

O primeiro passo, considerando que você já refletiu, avaliou e concluiu que é o momento de romper com o casamento, é conversar com seu marido, explicar a ele os principais motivos que levaram você a realmente a seguir sua vida sem ele.

Parece óbvio, mas para colocar o fim em um relacionamento, principalmente uma relação tão séria e importante quanto o casamento, e ainda mais se tiverem filhos, o diálogo é essencial.

Importante lembrar também que não será uma conversa muito fácil, principalmente se houverem arestas a serem aparadas, mágoas ainda mal resolvidas que podem vir a tona durante essa conversa. No caso de filhos em comum, ainda precisarão ser tratadas as questões que os envolvem.

Busque suporte para entender seus direitos

Ainda nesse primeiro passo, deverão ser tratadas as questões burocráticas da separação. Entrada em documentos da separação em si, documentos de casa e de bens em comum. Arrisco dizer que talvez seja necessário mais de uma conversa para que todos os detalhes estejam alinhados.

Vocês vão continuar, ao menos por enquanto, a morar na mesma casa? Provavelmente vão precisar de um suporte jurídico para tratar desses assuntos. É importante estar preparada, manter a calma e nesse momento agir mais com a razão do que deixar se levar apenas pelo emocional.

Tenha em mente que você veio se preparando e até mesmo planejou o que ia falar e como quer conduzir toda a situação. Tenha em mente que pode ser que seu marido, talvez, não saiba como fazer tudo de imediado, e pode ser que peça um tempo para organizar os pensamentos, tirar dúvidas sobre questões jurídicas, partilha de bens, como será a situação dos filhos.

Então tenha calma, converse tudo o que precisa falar, mas esteja aberta a ouvir. Dúvidas surgirão dos dois lados, questões que talvez você não tenha pensado, poderão aparecer durante essa conversa. O essencial nesse momento é que mantenham um diálogo com maturidade e transparência, para que vocês atravessem esse momento turbulento com menos divergências possíveis.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Referências

BRITO, L. M. T. Famílias e separações: perspectivas da psicologia jurídica. Rio de Janeiro: EdUERJ, 2008.

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