O que é poltergeist
Você já assistiu algum filme sobre um fantasma na TV? Os famosos espíritos que afetam e assombram famílias? O Poltergeist. Imagine, como será que a psicologia vê esse fenômeno? Ou melhor, como será que os investigadores da psicologia ajudam os indivíduos que passam por essas situações? Afinal, quem passa por uma “situação de assombração”, deve ficar fortemente abalado – certo? Então, com certeza eles vão precisar de acompanhamento psicológico, vamos entender mais sobre isso.
Neste artigo de Psicologia-Online, nós vamos lhe explicar o que é poltergeist e como a psicologia vê as pessoas que passam por esse fenômeno.
O que é poltergeist
Poltergeist ou RSPK (Recurrent spontaneos psychokinesis) desgina eventos que acontecem por uma espécie de "assombração" por um espírito perante uma família, indivíduo, casa e objetos: como luzes que se acendem e apagam, coisas que se movem de lugar sem explicação, etc. Na psicologia é usado o termo RSPK, pois entende-se que o Poltergeist é um fenômeno psicocinético humano, como explicaremos adiante.
Dentro da psicologia também relacionamos o Poltergeist ao termo Psiconese espontâneo recorrente, que seriam exatamente esses eventos “espirituais” e sem explicação aparente, onde há uma assombração constante das das vítimas.
O que é psicocinético
Psicocinético vem do termo psiconesia. Um termo usado para designar a capacidade da mente influenciar o movimento da matéria. Podemos associar esse termo à movimentação que esses espíritos desencarnados tem perante objetos, usados para assombrar suas vítimas.
A psicologia estuda assombrações?
Não, a psicologia não estuda assombrações. Mas, trabalha com as pessoas que podem presenciar esses eventos. Então, imagine que as pessoas que passam pelo Poltergeist estão abaladas emocionalmente e passando por estados mentais confusos, é aí que a psicologia entra.
A psicologia acredita que estudando os indivíduos testemunhas desses fenômenos estudará as intenções relacionadas a vida psicológica deles, fazendo assim uma análise psicológica dessa ação psicocinética humana.
Os episódios do Poltergeist são reais?
Não necessariamente, mas os pesquisadores acreditam que mesmo não sendo genuínos, possuem uma razão por traz, algo que faz sentido no sentido psicológico. Por isso, os investigadores tendem à buscar levar a sério mesmo não-reais, pois eles também possuem uma ordem lógica parecida daqueles que não são falsos. A maior dificuldade dos profissionais que estudam o Poltergeist na Psicologia é a simples pergunta "Qual é o momento que podemos dizer que o fenômeno realmente aconteceu?"
Testemunhas de Poltergeist
Para muitos psicólogos que estudaram o fenômeno, há sim evidências de que a natureza do Poltergeist é psicológica.[1] Há uma ordem lógica-gramática que tem em todos os casos, mesmo os falsos. Apesar dessa ordem, não há obrigatoriamente uma relação com características negativas da personalidade.
Ou seja, até as pessoas que não apresentam nenhum distúrbio podem passar por esses fenômenos, então não há uma comprovação que todas as testemunhas tenham ou não algum distúrbio de personalidade ou de comportamento.
Os desafios da Psicologia com Poltergeist
O fenômeno Poltergeist é um desafio para compreensão da psicologia, visto que os casos verídicos causam os mesmos efeitos psicológicos do que os casos "falsos". Logo, a psicologia precisa enfrentar muitas dificuldades para entender o fenômeno e suas causas/efeitos na psique humana.
Mas afinal, por que é tão difícil que os pesquisadores da psicologia consigam investigar a mente dessas pessoas que passaram por essas situações de Poltergeist?
- Imprensa
- Inibição do fenômenos com os pesquisadores
- Testemunhas
- Informações dos indivíduos
- Pós investigação Poltergeist
1. Imprensa
Uma das dificuldades das investigações psicológicas perante o fenômeno Poltergeist é a mídia. Pois, como eles vão investigar a mente dessas testemunhas de maneira adequada se sempre há repórteres e jornais envolvidos nessas situações?
Afinal a imprensa acaba por distorcer os dados para aumentar o interesse do público de suas revistas. Além disso, esse interesse da mídia afeta a vida das pessoas envolvidas. Para os psicológos que trabalham nessa área, eles relatam:
"As pessoas envolvidas ficam privadas de uma vida social normal... as informações sobre as ocorrências ficam cada vez mais confusas e deturpadas, impossibilitanto um bom trabalho de pesquisa." [1]
2. Inibição do fenômeno na frente dos pesquisadores
Imagine um filme de terror que possui um Poltergeist – você já percebeu que quando o “investigador ou médium” do filme aparece, o espírito evita se mostrar para não ser descoberto? A parte da inibição faria referência a isso.
Apesar de a psicologia não responder se acredita ou não sobre o fenômeno – uma das dificuldades que esses investigadores passam é exatamente o fato de quando eles começam a investigar a casa ou os indivíduos, os fenômenos diminuem, tornando quase imperceptível ao profissional.
Algumas teorias psicológicas reparam que isso pode ocorrer, pois o Poltergeist e suas consequências e efeitos estão ligados à dinâmica familiar, logo, quando alguém de fora está dentro – reduziria sua atividade no psiquismo desses indivíduos.
3. Testemunhas
Nós entendemos que o foco da Psicologia perante o Poltergeist são os indivíduos que passam por essa situação, logo, o trabalho será focado nessas pessoas. Contudo, os profissionais da área reconhecem que a fala humana é falha, o que afeta consideravelmente o estudo.
4. Informações dos indivíduos
Os psicólogos precisam investigar o fenômeno Poltergeist de maneira apropriada e, para isso, é necessário olhar atentamente para as falas das testemunhas e coletar informações delas. Porém, uma das dificuldades desses profissionais é conseguir as informações de maneira não-invasiva.
A invasão para obtenção de informações das testemunhas Poltergeist pode ser muito complicada, visto que caso seja feita de maneira agressiva, poderá desrespeitar o espaço dessas pessoas quebrando o sigilo (característica essencial na psicologia) e dificultando ainda mais o estudo do caso.
5. Pós-investigação do Poltergeist
Devido às fraudes e complicações de como comprovar que é real ou não no Poltergeist, os psicológos em sua investigação têm grandes dificuldades de juntar os dados. Após as pesquisas, há a junção desses dados das testemunhas. Contudo, o que fazer se não sabemos se é ou não real? Como seguir no pós-investigação?
- ALVADRADO, C.S (1993). Avaliações Psicológicas de sujeitos poltergeist. Revista Brasileira de Parapsicologia, 2, pp. 32-36;
- ANDRADE, H.G (1998). Poltergeist: Algumas de suas ocorrências no Brasil. São Paulo, SP. Pensamento.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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- MACHADO; Fátima R. ; ZANGARI, Wellington. Estudo de três casos Poltergeists em São Paulo, Brasil. Instituto de Pesquisas Interdisciplinares das áreas Fronteiriças da Psicologia.