Sintomas de autismo em crianças de 2 anos


Cada criança é única, essa primeira informação é importante sobre os sintomas do autismo, ou sobre todo assunto que envolva uma pessoa, antes de qualquer diagnóstico, e que só deve ser feito por profissionais especializados, é necessário levar em consideração a individualidade da criança.
Os primeiros sinais do autismo em crianças de 2 anos podem ser sutis, mas são essenciais para um diagnóstico precoce. Entre os principais indícios, destaca-se a dificuldade na interação social, como pouco contato visual e ausência de interesse em brincar com outras crianças. Além disso, pode haver atraso na fala ou falta de respostas quando chamado pelo nome.
Aprenda neste artigo de Psicologia-Online os sintomas de autismo em crianças de 2 anos.
Como saber se meu filho tem autismo?
Identificar se uma criança está dentro do Transtorno do Espectro Autista (TEA) pode ser um desafio, especialmente porque os sinais variam de intensidade e se manifestam de formas diferentes em cada indivíduo.
Muitos pais percebem comportamentos atípicos desde os primeiros meses de vida, mas nem sempre relacionam isso ao autismo de imediato. Entre os sinais mais comuns estão:
- Dificuldade em estabelecer contato visual
- Ausência ou atraso na fala
- Falta de resposta ao nome
- Interesses restritos
- Movimentos repetitivos
- Dificuldades na interação social
- Reações sensoriais incomuns, como extrema sensibilidade a sons, luzes ou texturas, podem ser um indicativo importante
Além disso, algumas crianças parecem não se interessar por brincadeiras em grupo, preferindo atividades solitárias ou interagindo de forma diferente com os objetos ao redor
O diagnóstico do autismo pode ser um momento desafiador para a família. Muitas mães relatam que, mesmo percebendo sinais precoces, só obtiveram a confirmação médica após os três anos de idade. Isso ocorre porque, em muitos casos, os profissionais de saúde não identificam os primeiros indicadores ou os sintomas são confundidos com variações do desenvolvimento infantil. Esse período de incerteza pode gerar ansiedade e dúvidas, tornando essencial o suporte adequado para as famílias.
Se há suspeita de que uma criança possa estar no espectro, o ideal é buscar um especialista, como um pediatra ou neuropediatra, que possa avaliar o desenvolvimento e indicar testes específicos. A triagem precoce é fundamental para garantir o acompanhamento adequado, já que intervenções realizadas nos primeiros anos de vida podem favorecer significativamente a comunicação, a interação social e o bem-estar da criança.
Embora receber um diagnóstico de autismo possa parecer desafiador, compreender as necessidades da criança e buscar apoio profissional permite um desenvolvimento mais pleno, tanto para ela quanto para a família.
Veja neste outro artigo Como identificar o autismo em adultos.

Quais são os 5 sinais de autismo?
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) apresenta sinais que podem ser identificados desde os primeiros anos de vida, permitindo um diagnóstico precoce e intervenções mais eficazes.
Dificuldade na comunicação verbal e não verbal
Entre os principais indícios, a dificuldade na comunicação verbal e não verbal é um dos mais evidentes. Muitas crianças autistas demoram para desenvolver a fala, não balbuciam nos primeiros meses ou apresentam uma regressão no desenvolvimento da linguagem. Além disso, podem evitar contato visual, não responder ao próprio nome e ter dificuldades em utilizar gestos simples, como apontar ou acenar.
Interação social limitada
Outro sinal importante está na interação social limitada. Crianças com autismo tendem a demonstrar pouco interesse por interações, evitando olhar nos olhos das pessoas e não buscando ativamente a companhia de pais, cuidadores ou outras crianças. Muitas vezes, não compreendem expressões faciais e têm dificuldade em interpretar emoções, o que pode levá-las a parecerem distantes ou desinteressadas em brincar e se comunicar.
Comportamentos repetitivos
Os comportamentos repetitivos e estereotipados também são marcantes no TEA. Movimentos como balançar o corpo, bater palmas de forma rítmica ou alinhar objetos obsessivamente são frequentes. Além disso, mudanças na rotina podem gerar grande desconforto, levando a crises de irritação ou ansiedade. Muitas crianças com autismo demonstram resistência a alterações inesperadas, preferindo padrões fixos no dia a dia.
Hipersensibilidade sensorial
A hipersensibilidade sensorial é outro traço comum. Algumas crianças reagem de maneira exagerada a estímulos como luzes fortes, barulhos altos, certos tipos de tecido ou determinados sabores e odores. Enquanto algumas evitam completamente esses estímulos, outras podem buscar intensamente determinadas sensações, como tocar repetidamente superfícies ásperas ou observar objetos giratórios por longos períodos.
Dificuldades no desenvolvimento motor
Por fim, dificuldades no desenvolvimento motor também podem ser observadas. Algumas crianças com autismo apresentam atraso para engatinhar, andar ou desenvolver habilidades motoras finas, como segurar um lápis ou abotoar uma roupa. Em certos casos, é possível notar padrões incomuns de postura, equilíbrio e coordenação, tornando atividades simples mais desafiadoras.
Embora a intensidade dos sinais varie de criança para criança, a observação atenta dos pais e cuidadores pode fazer toda a diferença para um diagnóstico precoce. Identificar esses sinais e buscar apoio especializado é fundamental para garantir um desenvolvimento mais saudável e uma melhor qualidade de vida para a criança dentro do espectro autista.

Quais são os sintomas de autismo leve em crianças?
Os sintomas de autismo leve em crianças podem variar de acordo com cada indivíduo, mas geralmente envolvem desafios sutis na comunicação, interação social e padrões de comportamento. Muitas vezes, os primeiros sinais surgem nos primeiros anos de vida e podem ser notados por familiares e cuidadores atentos.
Crianças com autismo leve podem apresentar dificuldades em estabelecer e manter contato visual, preferindo evitar olhares diretos durante a interação com outras pessoas. Além disso, podem ter dificuldades em compreender expressões faciais, gestos e nuances da comunicação não verbal, o que pode afetar sua capacidade de interagir de maneira natural com os outros. Algumas crianças demonstram pouco interesse em brincar com outras crianças, preferindo atividades solitárias ou brincadeiras repetitivas e previsíveis.
No campo da linguagem, o desenvolvimento pode ser mais lento ou atípico. Algumas crianças falam tardiamente, enquanto outras desenvolvem um vocabulário extenso, mas apresentam dificuldades para manter conversas recíprocas, tendendo a falar de forma monótona ou sobre temas de interesse restrito. Também podem ter dificuldades para compreender figuras de linguagem, ironia e duplos sentidos.
Comportamentos repetitivos e interesses restritos são comuns. Isso pode se manifestar por meio da insistência em seguir rotinas rígidas, dificuldade em lidar com mudanças inesperadas, movimentos repetitivos como balançar o corpo ou mexer as mãos, e um interesse intenso por temas específicos. Além disso, algumas crianças podem apresentar sensibilidades sensoriais, como incômodo com barulhos altos, texturas de alimentos ou contato físico.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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- PINTO, Rayssa Naftaly Muniz; TORQUATO, Isolda Maria Barros; COLLET, Neusa; REICHERT, Altamira Pereira da Silva; SOUZA NETO, Vinicius Lino de; SARAIVA, Alynne Mendonça. Autismo infantil: impacto do diagnóstico e repercussões nas relações familiares. Revista Gaúcha de Enfermagem, Porto Alegre, v. 37, n. 3, p. e61572, set. 2016. Disponível em: http://dx.doi.org/10.1590/1983-1447.2016.03.61572. Acesso em: 04 de março de 2025.
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