Psicologia clínica

Tipos de autismo e suas características

 
Marissa Glover
Por Marissa Glover, Psicóloga. 12 fevereiro 2024
Tipos de autismo e suas características

Segundo a OMS, uma em cada 160 crianças possui algum transtorno do espectro autista[1].

Neste artigo de Psicologia-Online, explicamos os tipos de autismo e suas características, os traços que caracterizam as pessoas com esse transtorno, e como podemos promover uma melhor qualidade de vida. Pode ser de grande interesse para aqueles que desejam saber como ajudar alguém do seu entorno, compreender os traços típicos desse transtorno, ou simplesmente auxiliar as próprias pessoas que o apresentam a identificar o que sentem e como sentem.

O transtorno do espectro autista, também conhecido como TEA, contempla uma série de distúrbios de desenvolvimento, e embora os traços possam variar entre as pessoas que o apresentam, geralmente são indivíduos com dificuldades nas relações sociais, na compreensão e na comunicação. Costumam fazer pouco contato visual, apresentam comportamentos repetitivos e interesses muito específicos e seletivos. Normalmente, o transtorno é diagnosticado nos primeiros 3 a 5 anos de vida, sendo comum detectar os primeiros sinais na escola, com a colaboração da família.

Índice

  1. O que é o transtorno do espectro autista?
  2. Tipos de autismo
  3. Autismo ou síndrome de Kanner: sintomas e características
  4. Síndrome de Asperger: sintomas e características
  5. Síndrome de Rett: sintomas e características
  6. Síndrome de Heller ou transtorno desintegrativo da infância: sintomas e características
  7. Transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação
  8. Autismo: tratamento
  9. Em conclusão...

O que é o transtorno do espectro autista?

O transtorno do espectro autista é uma condição neurológica que se torna visivelmente aparente à medida que a criança se desenvolve. Caracteriza-se por afetar várias áreas do desenvolvimento, incluindo a linguagem e fala, além do desenvolvimento cognitivo, social e emocional.

O diagnóstico, especialmente quando a criança é muito pequena, pode apresentar certa dificuldade devido às diferentes trajetórias de desenvolvimento de cada criança.

Existem 5 tipos de transtornos do espectro autista: autismo, síndrome de Asperger, síndrome de Rett, síndrome de Heller ou transtorno desintegrativo da infância, e, por último, transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação.

Embora nem todas as pessoas apresentem o mesmo transtorno, nem tenham as mesmas afetações, há uma generalização em seu comportamento ou maneira de agir. Vejamos:

  • Tendem a ter uma imaturidade cognitiva;
  • São caracterizadas por dificuldades nas relações interpessoais e na expressão tanto ao nível de linguagem quanto emocionalmente. Apresentam também dificuldade em manter contato visual e corporal;
  • Necessitam de rotinas e hábitos para se sentirem seguras, não se sentem confortáveis fora de sua zona de conforto, o que muitas vezes causa impotência/raiva, já que não entendem o que está acontecendo;
  • Interesse seletivo. Geralmente, não demonstram interesse no que lhes é proposto ou no que os outros estão fazendo. Normalmente, mostram interesse por aspectos incomuns, isto é, com relação aos temas de seu interesse, são especialistas dedicados, às vezes, chegando a ser obsessivos;
  • Movimentos repetitivos ou estereotipias. Costumam realizar movimentos repetitivos, como balanço do corpo, movimentos das mãos, movimentos com a boca, a língua, etc.

Tipos de autismo

Os distúrbios incluídos nos tipos de autismo são:

  1. Autismo ou síndrome de Kanner;
  2. Síndrome de Asperger;
  3. Síndrome de Rett;
  4. Síndrome de Heller ou transtorno desintegrativo da infância;
  5. Transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação.

Autismo ou síndrome de Kanner: sintomas e características

O autismo é um distúrbio do neurodesenvolvimento que geralmente é detectado nos primeiros anos de vida de uma criança e a acompanhará ao longo de toda a vida, pois não tem cura. Geralmente, é identificado na escola, pois é onde a criança passa a maior parte do tempo. Está comprovado que há uma maior eficácia no diagnóstico quando há o envolvimento da família, pois às vezes há resistência em reconhecer que a criança sofre de um transtorno.

As características mais comuns em pessoas com autismo costumam ser:

  • Dificuldades comunicativas e sociais: em geral, as pessoas com autismo têm dificuldade em se relacionar e interagir com os outros;
  • Seguir padrões repetitivos e rotinas: são pessoas com interesses muito específicos e geralmente seguem um padrão repetitivo. Elas não gostam de sair da rotina e geralmente ficam desconfortáveis com isso.

Nas crianças e/ou adultos autistas, as características que geralmente observamos são:

  • Dificuldade em se relacionar com outras crianças - muitas vezes há interesse, mas não sabem como expressá-lo devido à dificuldade na compreensão da linguagem;
  • Pouco contato visual e limitação do contato físico;
  • Forte interesse específico em algo que os encanta, geralmente coisas incomuns. Normalmente, não compartilham isso com os outros e, muitas vezes, demonstrar estar fascinados;
  • Linguagem limitada e dificuldade em reagir quando alguém fala com eles, incluindo seus pais. Geralmente, falta feedback por parte deles;
  • Sorriem pouco, entendem a linguagem de forma literal e têm dificuldade em compreender piadas ou humor;
  • Expressão emocional limitada;
  • Comportamentos repetitivos, como balançar o corpo ou movimentos constantes das mãos, chamados de estereotipias;
  • Ausência de brincadeiras simbólicas (brincar com bonecas ou brincar de faz de conta) e falta de um brincar imaginativo. Sua forma de brincadeira é diferente das outras crianças, muitas vezes sendo obsessiva e incomum, o que chama a atenção.

Devemos observar que existem diferentes graus de autismo. Consideramos o autismo leve ou autismo de alto funcionamento como o grau mais baixo, onde a pessoa pode levar uma vida o mais normal possível sem grandes impactos nas diferentes áreas, e aquele com um grau mais alto de autismo, no qual a pessoa tem mais dependência.

Síndrome de Asperger: sintomas e características

A síndrome de Asperger é um tipo de autismo que se caracteriza, principalmente, por uma baixa interação social e pelo déficit na capacidade de expressar e compreender a própria linguagem verbal e não verbal, bem como a dos outros.

Interação social

São pessoas que desejam ou tentam se relacionar com os outros, mas, por não terem as ferramentas necessárias, podem se sentir frustradas. Muitos são reservados e preferem ficar sozinhos ou em pequenos grupos, especialmente no ambiente escolar, onde o recreio pode se tornar um momento desafiador. É importante ter alguém que os acompanhe, como um colega.

Linguagem

Assim como no autismo, a linguagem é afetada. Normalmente, é mais restrita e eles entendem o sentido literal das frases. Frequentemente, não controlam o tom, o volume ou a fluidez das palavras. Podem falar sobre seus interesses por longos períodos, mas não têm consciência de quando terminar uma conversa. Normalmente, respondem sem problemas às perguntas que lhes são feitas, mas têm dificuldade em iniciar um tópico de conversa "no momento".

Comunicação não verbal

Menor registro e utilização de comunicação não verbal, como gestos, olhares, postura corporal, distância, etc. Todos esses fatores são alterados, dificultando uma boa comunicação, já que esta é uma parte muito importante da mesma. Quando falamos, percebemos estímulos por meio da comunicação não verbal, que nos informam sobre vários aspectos do interlocutor. Nesse caso, isso é reduzido e não pode ser apreciado pelo interlocutor.

Falta de empatia

As pessoas com Asperger geralmente não têm empatia, pois não conseguem interpretar a comunicação não verbal da pessoa com quem estão falando, e muitas vezes, não conseguem perceber suas emoções ou sentimentos. É importante transmitir verbalmente de forma clara e precisa o que queremos comunicar, pois eles entendem o sentido literal das coisas e não percebem o que queremos dizer com gestos, expressões, olhares, etc.

Hábitos rotineiros

Por não compreenderem totalmente o que acontece ao seu redor, buscam muita estabilidade em suas rotinas. Quando estas são afetadas, causam resistência à mudança. Não entendem o motivo dessa mudança e muitas vezes resulta em irritação e/ou ansiedade. É importante verbalizar o motivo da mudança e tentar convencê-los de que não é algo negativo para eles.

Poucos interesses, mas muito fortes e incomuns

Têm interesses seletivos e são apaixonados por aquilo que realmente lhes interessa. Buscam conhecimento em tudo o que podem, tornando-se especialistas no assunto. Muitas vezes, essa paixão permite que se dediquem profissionalmente, outras vezes, fazem isso apenas por pura diversão, o que pode ser negativo, pois se isolam e se tornam obsessivos.

Os interesses ou gostos de crianças com Asperger costumam ser dinossauros, cálculos, alguns métodos de transporte, formas geométricas, etc.

Percepção sensorial

Alguns têm hipersensibilidade, com alguns sentidos alterados, causando desconforto com a luz, ruídos, odores fortes, etc.

Por outro lado, a propriocepção pode estar alterada, não controlando o corpo em relação ao espaço, o que pode ser desconfortável para os outros devido ao contato corporal excessivo. O que pode ser totalmente normal para alguém que não tem Asperger pode ser realmente irritante para uma pessoa com Asperger.

Nas mulheres...

Normalmente, nas mulheres ou meninas com Asperger, o transtorno pode se apresentar de maneira mais sutil, exibindo os traços mencionados anteriormente, mas com um grau mais leve.

Tipos de autismo e suas características - Síndrome de Asperger: sintomas e características

Síndrome de Rett: sintomas e características

A síndrome de Rett, embora por muito tempo tenha sido classificado como um transtorno do espectro autista, na nova atualização do DSM-5, já não é mais considerado como tal. Distingue-se dos outros transtornos, pois tem uma origem genética, isto é, o transtorno é originado no cromossomo X, sendo assim, é comum em meninas e mulheres.

Normalmente, o transtorno começa a ser percebido entre os 6 e 18 meses, quando ocorre uma regressão no desenvolvimento, que pode ficar estagnado. É um transtorno no qual a criança perde habilidades já adquiridas. Sendo degenerativo, esse processo pode ocorrer mais rápido ou mais devagar, dependendo de cada caso específico. O estágio mais avançado geralmente começa por volta dos 10 anos.

Características

  • Comprometimento na coordenação e movimento: pode-se observar que uma criança que começava a engatinhar ou andar está perdendo sua coordenação em vez de progredir. Esse ponto pode causar confusão, pois nem sempre uma criança que não engatinha ou não anda, quando se espera que "deva", precisa apresentar um Transtorno do Espectro Autista (TEA). No caso, ela simplesmente pode ter um desenvolvimento mais lento e precisar de mais tempo. Recomenda-se consultar um especialista em caso de dúvida;
  • Perda das habilidades comunicativas: observa-se uma deterioração das habilidades comunicativas, assim como do contato visual. É comum que pessoas com síndrome de Rett se comuniquem de outras formas, como através da linguagem não verbal;
  • Mudanças frequentes de humor: podem passar de estar felizes a começar a chorar em questão de poucos minutos;
  • Desconexão mental: esta é uma das características mais comuns de meninas ou mulheres com síndrome de Rett;
  • Choro como forma de expressão: é comum utilizarem o choro como forma de expressão, pois, em certas situações, às vezes, não sabem se expressar de outra maneira;
  • Terrores noturnos: costumam ter terrores noturnos frequentemente. Esses são distúrbios do sono nos quais a pessoa, estando dormindo, pode mostrar sinais de estresse e pânico. Normalmente, manifesta-se por meio de gritos e demonstração real de pânico enquanto dorme. Após alguns minutos, os sintomas desaparecem e a pessoa continua dormindo como se nada tivesse acontecido. Ao contrário dos pesadelos, geralmente não se lembram de nada no dia seguinte;
  • Bruxismo: é outro distúrbio do sono em que a pessoa tende a ranger os dentes enquanto dorme, sendo muito comum em pessoas com síndrome de Rett;
  • Estereotipias: são movimentos faciais e corporais. Pessoas com essa síndrome costumam realizar movimentos com a mandíbula, lábios ou língua, também com as mãos. Movem muito os olhos de um lado para o outro ou piscam excessivamente;
  • Sons: é comum soltarem uma risada longa e alta ou fazerem sons/ruídos verbais "estranhos";
  • Escoliose: desenvolver escoliose, que é uma deformação da coluna vertebral, é muito comum em pessoas com síndrome de Rett;
  • Comportamentos problemáticos: existem casos, tanto em autismo infantil quanto em autismo em adultos, nos quais apresentam certos comportamentos problemáticos e/ou agressivos, embora se deva lembrar que não o fazem conscientemente e muitas vezes é devido à incompreensão de alguma situação ou à frustração.

Síndrome de Heller ou transtorno desintegrativo da infância: sintomas e características

O transtorno desintegrativo da infância, também conhecido como síndrome de Heller, é um transtorno generalizado do desenvolvimento cognitivo, caracterizado por ser um transtorno de detecção tardia.

É um transtorno muito semelhante ao autismo, com a diferença de que antes dos 2 ou 3 anos, não se observa nenhuma anomalia ou traço que possa indicar que a criança pode apresentar esse transtorno, isto é, percebe-se um desenvolvimento padrão. No autismo, desde os primeiros anos, podem-se observar certos traços, comportamentos ou condutas na criança que podem nos alertar. Na síndrome de Heller, haverá um desenvolvimento conforme o esperado até pelo menos os 2 anos. A partir dos 2-3 anos, é quando observaremos um comprometimento, como, por exemplo, nas habilidades comunicativas e da linguagem, assim como nas habilidades motoras.

As características da síndrome de Heller são muito semelhantes às do autismo:

  • Perda de habilidades adquiridas: observamos, a partir dos 2 ou 3 anos, regressões nas habilidades comunicativas, de relacionamento social e motoras já adquiridas. Aos 3 anos, uma criança que já falava e se comunicava fluentemente perde essa habilidade;
  • Comportamento peculiar: assim como no autismo, são crianças que têm pouco contato visual, sorriem pouco e têm dificuldades comunicativas;
  • Imaturidade cognitiva: nas crianças com síndrome de Heller, podemos observar uma imaturidade cognitiva, principalmente quando começam a ocorrer regressões ou perdas de habilidades já adquiridas.

Transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação

O transtorno invasivo do desenvolvimento sem outra especificação é um termo usado nos casos em que o diagnóstico não é claro. A pessoa pode apresentar várias características ou traços de mais de um tipo de autismo, e não é possível diagnosticar um transtorno específico.

Há algum desacordo na classificação de pacientes nesse transtorno, que continua sendo pesquisado, pois causa alguma confusão, especialmente entre os profissionais.

Autismo: tratamento

É importante lembrar que as crianças têm ritmos diferentes de desenvolvimento, e nem sempre um desenvolvimento lento ou diferente precisa resultar em um transtorno do espectro autista (TEA). No entanto, é necessário observar e estar atento às mudanças, comportamentos e regressões. É muito comum que, quando há alguma suspeita por parte dos professores, os pais ou responsáveis busquem ajuda profissional. Nessas situações, psicólogos e pedagogos observam o dia a dia da sala de aula para poder identificar e avaliar as possíveis necessidades especiais que um aluno possa ter.

O TEA atualmente não têm cura e acompanhará a pessoa ao longo de sua vida, mas podem ser realizadas uma série de intervenções para melhorar a qualidade de vida de quem tem algum tipo de TEA. Embora seja necessário analisar cada caso individualmente, pois as abordagens podem variar, as seguintes abordagem são muito recomendadas:

Método ABA

O método ABA ou análise do comportamento aplicada envolve intervenções individualizadas por meio de técnicas e estratégias específicas. A metodologia, embora se baseie nas necessidades individuais, concentra-se principalmente na aquisição de novas habilidades e na redução do impacto no desenvolvimento do TEA. Os analistas avaliam o comportamento e desenvolvem intervenções com base nessas observações. Em geral, são realizadas intervenções de 25 horas semanais ou mais, podendo-se observar uma melhoria significativa nas pessoas com TEA.

Treinamento de habilidades sociais

Essas sessões visam conhecer, praticar e ensaiar diferentes habilidades sociais. Existem diferentes propostas para isso, embora o role playing seja uma técnica muito utilizada, que consiste em criar situações em que a pessoa assume um papel específico, exigindo o uso de habilidades sociais. Essa técnica permite que a pessoa se coloque em uma situação ou papel determinado, que pode ser real, mas geralmente é uma situação previamente preparada. Um exemplo seria simular uma compra em uma loja: fazer pedidos, fazer perguntas, expressar desejos, etc.

Criação de pictogramas

Quando uma pessoa com TEA não se comunica fluentemente, ou não há comunicação, podemos criar pictogramas (PECS). São painéis criados individualmente com imagens que farão parte do dia a dia da criança/adulto, e ela apontará com o dedo quais são suas solicitações, respostas, perguntas ou desejos. Podemos criar todos os painéis que quisermos, havendo até mesmo quem cria cadernos classificados em várias áreas. Os pictogramas podem incluir rotinas, perguntas, hábitos, ações, dias da semana, fotos de familiares, alimentos, roupas, atividades, emoções ou qualquer coisa que considerarmos apropriada.

Confiar e dar autonomia

Muitas vezes, não se dá a quem tem TEA a possibilidade de ser autônomo. Pensamos que não são capazes e intervimos imediatamente. Para favorecer essa situação, tentaremos permitir que a criança/adulto resolva as situações que surgirem sem intervir diretamente, favorecendo que peçam ajuda - algo incomum. Estaremos presentes, avaliando e confiando em suas possibilidades, permitindo que eles abotoem o casaco, por exemplo. Dessa forma, ajudamos a que se sintam valorizados e capazes de resolver seus próprios problemas.

Intervir como mediadores

Quando a pessoa se encontra cercada por muitas pessoas, o que pode causar muita ansiedade e insegurança, podemos intervir como mediadores para que possa ocorrer uma conversa, situação ou, no caso das crianças, para que se integrem a brincar com um grupo de crianças. "Este é o João e ele adoraria brincar com vocês com a massinha. Vocês podem deixar um lugar na mesa para que ele possa se sentar com vocês?", é uma forma de intervir como mediador, por exemplo.

Natação

A natação permite que relaxem, liberem tensões e trabalhem a motricidade, o controle do próprio corpo e a coordenação, ao mesmo tempo que geram gasto de energia e fortalecem o sistema cardiovascular. Isso proporciona segurança e autonomia. Se praticarem natação com outros colegas, reforçarão as habilidades sociais e a comunicação. Se praticarem com os pais ou responsáveis, fortalecerá o vínculo familiar.

Musicoterapia

A musicoterapia tem múltiplos benefícios, pois a música e a expressão corporal ajudam na percepção auditiva, visual e tátil, na concentração, desenvolvimento da motricidade fina e grossa, conhecimento e também no controle do próprio corpo. Também melhora a comunicação, pois interagem com mais crianças/adultos. Além disso, ajuda a diminuir a ansiedade e a reduzir tiques e movimentos repetitivos, características muito comuns em pessoas com TEA.

Que brinquedos oferecer às crianças com TEA?

É recomendável que os brinquedos ou materiais oferecidos favoreçam positivamente seu desenvolvimento, incentivem a criatividade e ajudem a estimular. Construções de madeira, bolas terapêuticas, argilas e massinhas para modelar, brinquedos com luzes ou sons, instrumentos de percussão, formas geométricas ou materiais desestruturados (recipientes, macarrão, escovas, esponjas, coadores, colheres de madeira...) são alguns dos brinquedos que podemos oferecer. Se tivermos a oportunidade, é muito benéfico que tentem brincar com outras crianças. É aconselhável restringir o uso de tablets ou consoles, pois não favorecem as relações sociais, que é uma área que precisa ser incentivada.

Jogo simbólico

Embora as crianças com TEA normalmente não tenham muito interesse no jogo simbólico, podemos criar situações e convidá-las para brincar. Cozinhas de brinquedo, brincar de bonecas, "faz de conta", etc., permitem que adaptem papéis e aprendam a se desenvolver em diferentes situações, além de praticar habilidades sociais.

Em conclusão...

Como foi possível observar, embora existam traços significativos em comum, cada transtorno é único e afeta o desenvolvimento de cada pessoa de maneira diferente. Seguindo os conselhos que mencionamos anteriormente, é possível ajudar as crianças e/ou adultos com autismo a conviverem melhor e desfrutarem de uma melhor qualidade de vida.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Referências
  1. OMS. (2018). Trastornos del espectro autista - World Health Organization
Bibliografia
  • Asociación Española del Síndrome de Rett - PDF problemas comunes.
  • Manual Diagnóstico y Estadístico de los Trastornos Mentales (2013). - Los Trastornos Generalizados del Desarrollo en el DSM-V.
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