Psicologia cognitiva

Tipos de raciocínio

 
Gianluca Francia
Por Gianluca Francia, Psicólogo. 14 outubro 2022
Tipos de raciocínio

Em termos gerais, podemos usar o termo raciocínio para nos referirmos a qualquer processo inferencial, incluídos os tautológicos, que são considerados próprios da matemática e da lógica, expressível ou expressado em uma linguagem natural em que, a partir de certos enunciados ou premissas, se sustenta ou se justifica uma determinada tese ou conclusão.

Quer saber mais sobre este tema? Continue lendo! Neste artigo de Psicologia-Online veremos juntos alguns Tipos de raciocínio.

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Índice

  1. Inferência
  2. Indutivo
  3. Dedutivo
  4. Abdutivo
  5. Raciocínio por absurdo
  6. Demonstrativo
  7. Argumentativo
  8. Falácia
  9. Pensamento lateral

Inferência

Na lógica, a inferência (do latim inferre, literalmente "levar para dentro") é o processo através do qual uma proposição se deriva das premissas, isto é, sua verdade ou falsidade se deriva da verdade ou falsidade das premissas. Frequentemente em uma inferência dedutiva as proposições são assumidas como verdadeiras e, de acordo com seu conteúdo, foi derivada a verdade de outra, passando da primeira à última segundo as regras de inferência oportunas.

Portanto, inferir é tirar uma conclusão como acontece no silogismo, por exemplo. Inferir X significa concluir que X é verdadeiro ou falso. Portanto, uma inferência é a conclusão tomada de um conjunto de fatos ou circunstâncias e grande parte do estudo da lógica explora a validade ou não validade das inferências e as implicações.

Indutivo

O raciocínio indutivo tenta estabelecer uma lei universal a partir de casos particulares. No entanto, a indução nem sempre é logicamente válida, já que exige uma confirmação externa empírica adicional. Dada a conclusão ou resultado e o caso, se assumirá a regra.

Dedutivo

O termo dedução vem do latim e significa "conduzir de". O raciocínio dedutivo implica, por outro lado, que a partir de premissas genéricas se chega a uma conclusão implícita. Portanto, a dedução é o contrário da indução porque procede do universal ao particular.

Neste tipo de raciocínios, a conclusão surge automaticamente das premissas, que estará implícita em função da regra e o caso.

Abdutivo

O termo abdução, do latim ab ducere, que significa conduzir de, indica um silogismo em que a premissa maior é certa enquanto a menor é apenas provável. A partir de uma premissa certa e de uma premissa provável, isto é, incerta ou duvidosa, se chega a uma conclusão.

A adução é uma forma de dedução caracterizada pela probabilidade das premissas ou hipóteses de partida. No entanto, a abdução nem sempre é logicamente válida sem mais confirmação empírica, e frequentemente está sujeita a risco de erro. No entanto, se a regra escolhida recebe muita confirmação da evidência empírica em termos probabilísticos, a abdução proporcionará uma boa explicação dos fatos observados.

Raciocínio por absurdo

A demonstração por absurdo, derivada da locução latina reductio ad absurdum e também conhecida como raciocínio por absurdo, é um tipo de argumentação lógica na qual se chega uma conclusão incoerente e contraditória a partir da negação das teses que se pretende sustentar e seguindo uma sequência de passos lógico-dedutivos.

Este resultado, na lógica argumentativa, confirmaria a hipótese inicial, através da falsificação de sua negação. Dessa forma, este tipo de raciocínio é uma das principais formas de demonstração matemática.

Tipos de raciocínio - Raciocínio por absurdo

Demonstrativo

A demonstração consiste em uma série de raciocínios lógicos que, partindo de uma hipótese, conduz necessariamente a uma tese. Portanto, consiste em verificar, no sentido de mostrar sua verdade razoável, um predicado, uma frase.

Argumentativo

A argumentação é um raciocínio localizado que inclui enunciados que fazem de premissa e um enunciado que constitui uma conclusão, frequentemente fazendo uso de procedimentos lógicos. Este tipo de raciocínio é desenvolvido dentro de um determinado contexto, constituído por interlocutores, conhecimentos, premissas explícitas ou implícitas e crenças aceitadas ou reconhecidas de outro modo.

Diferentemente do que ocorre na lógica formal, no raciocínio argumentativo as premissas não são necessariamente verdadeiras. Apenas são assumidas como verdadeiras por quem desenvolve o raciocínio ou por quem o escuta e o avalia. Dessa forma, o valor da verdade do que se afirma nas premissas depende do nível de crença tanto de quem enuncia como de quem escuta e avalia o argumento.

Falácia

O termo falácia deriva do latim fallere, que significa enganar. As falácias são erros ocultos no raciocínio que implicam a violação das regras de uma comparação argumentativa correta. Os raciocínios falaciosos aparecem como rigorosos e lógicos, mas na realidade não são válidos, conceito que não deve confundi-los com "verdadeiros". A seguir, te mostramos a diferença:

  • Válido: se refere à correção lógica dos argumentos, como que as premissas implicam as conclusões.
  • Verdadeiro: se refere à veracidade das proposições com as que se enunciam os argumentos.

Na maioria dos casos, estes raciocínios são construídos ad hoc por aquele ou aqueles que os propõem, com a intenção de enganar ou até mesmo persuadir o interlocutor. Vários autores propuseram várias definições de falácia, mas todas elas as descrevem como um problema lógico linguístico caracterizado por um par de aspectos parecer algo que não é e ter uma forma de erro, invalidez ou incorreção.

Tipos de raciocínio - Falácia

Pensamento lateral

O termo pensamento lateral, cunhado pelo psicólogo maltês Edward De Bono, se refere a uma modalidade de resolução de problemas lógicos que prevê um enfoque particular, isto é, a observação do problema através de diferentes ângulos.

Uma solução direta prevê o recurso à lógica sequencial, resolvendo o problema a partir de considerações que parecem mais óbvias, o pensamento lateral se desvia dele (daqui o termo lateral) e procura pontos de vista alternativos para encontrar a solução.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
  • Piccari, P. (2011). Conoscenza ordinaria e senso comune. Milán: Franco Angeli.

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