Efeitos colaterais da paroxetina

A paroxetina é um psicofármaco utilizado para o tratamento de quadros clínicos de depressão. No entanto, também é indicada para tratar ansiedade, TOC, ataques de pânico e estresse pós-traumático. Este medicamento pertence ao grupo dos inibidores seletivos de recaptação de serotonina.

Em linhas gerais, este medicamento atua no sistema nervoso central ao aumentar os níveis de serotonina no organismo. Isso resulta em uma melhora no estado de ânimo após um período de consumo contínuo. Consequentemente, ele serve para estimular a transmissão nervosa que ocorre por meio de conexões sinápticas.

Em geral, a paroxetina é conhecida como um antidepressivo devido aos efeitos que provoca nos circuitos neurais da córtex cerebral. Para saber mais sobre esse assunto, confira nosso artigo sobre qual é o melhor remédio para a depressão.

Primeiramente, um dos efeitos colaterais que esse medicamento pode causar são dores de cabeça resultantes da inflamação dos tecidos cerebrais. Quando isso ocorre, a pressão pode levar a pessoa a sentir desconfortos que podem ser leves, moderados ou intensos.

Da mesma forma, o consumo prolongado de paroxetina pode alterar o funcionamento neuronal.

O consumo prolongado de paroxetina também pode causar disfunção sexual, que é uma dificuldade em responder de maneira adequada a um ato sexual. Isso pode se manifestar de diversas formas, como incapacidade de atingir o orgasmo, ejaculação precoce ou falta de desejo sexual, entre outros.

Conforme comprovações científicas, a disfunção sexual decorrente do consumo de paroxetina está relacionada à inibição de uma enzima que participa desses processos.

Os movimentos corporais involuntários podem ter várias causas subjacentes, sendo o uso de paroxetina uma das principais. Isso pode se manifestar por meio de tremores involuntários em partes específicas do corpo.

O aumento de peso devido ao consumo prolongado de paroxetina ocorre devido a uma alteração no metabolismo. Em alguns casos, a incapacidade de assimilar corretamente as propriedades deste medicamento gera uma desregulação corporal que resulta em ganho de peso. Geralmente, isto está associado a um aumento do apetite. Saiba mais no artigo "Paroxetina engorda?".

Em alguns casos, o consumo prolongado de paroxetina pode causar problemas gastrointestinais, como náuseas, diarreia, constipação ou dispepsia. Tanto a diarreia quanto a constipação são alterações do sistema digestivo que podem afetar a eliminação das fezes.

Por outro lado, a dispepsia devido ao consumo prolongado de paroxetina pode causar desconforto estomacal, sensação de queimação ou indigestão em algumas pessoas. Evitar alimentos gordurosos, picantes e ácidos, para além de comer refeições menores e mais frequentes, pode ajudar a aliviar esses sintomas. No caso de náuseas, tomar o medicamento com alimentos pode ajudar a reduzi-las.

Se você estiver enfrentando problemas gastrointestinais persistentes ou graves como resultado do uso de paroxetina, é importante informar seu médico para que ele possa ajustar a dose, alterar o horário de administração ou considerar outras alternativas de tratamento conforme necessário.

Outra das consequências que a paroxetina pode causar é a insônia. Nesse sentido, o efeito sedativo deste medicamento pode interromper o ciclo de sono normal, resultando em longos períodos sem conseguir dormir. Entretanto, isso varia de pessoa para pessoa e não há um número certo de indivíduos afetados por esse problema.

Neste artigo, você encontrará informações sobre os tipos de insônia e tratamentos.

A sudorese é a liberação de líquidos corporais que se originam nas glândulas sudoríparas. Embora seja um fenômeno comum, foi observado que a paroxetina aumenta a produção desses líquidos por um período maior do que o habitual.

Outro dos possíveis efeitos colaterais deste medicamento é a vertigem, uma sensação de instabilidade que ocorre de forma súbita. Quando alguém sofre de vertigem, tende a sentir tontura e perda de equilíbrio.

Este problema pode se manifestar pelo uso contínuo de uma dose elevada de paroxetina por vários meses.

Apesar das complicações causadas por este antidepressivo, saiba que é possível minimizá-las. A seguir, mostramos como tratar os efeitos colaterais da paroxetina:

• Consulte um profissional de saúde: a administração de qualquer medicamento psiquiátrico deve sempre ser supervisionada por um especialista na área, que avaliará as condições clínicas do paciente para determinar a dosagem correta;
• Mantenha uma comunicação constante com seu médico: nesses casos, é fundamental informá-lo sobre qualquer alteração em seus sintomas ou efeitos colaterais. Ele poderá ajustar o tratamento conforme necessário;
• Tenha uma alimentação saudável: manter um consumo elevado de frutas, legumes, sementes, carnes magras e beber bastante água ajuda a reduzir alguns efeitos colaterais;
• Pratique exercícios físicos: incluir atividades físicas em sua rotina libera tensões musculares e promove a liberação de hormônios como a serotonina e endorfinas, essenciais para o aumento do bem-estar;
• Esteja em um ambiente saudável: a família e os amigos são fundamentais para o apoio emocional em momentos de crise. Por isso, ter uma rede de apoio possibilita uma passagem mais tranquila por essas situações;
• Não interrompa o tratamento abruptamente: parar repentinamente de tomar esse tipo de medicamento pode causar sintomas de abstinência ou piorar a depressão. Portanto, se você deseja modificar ou interromper o tratamento com paroxetina, é fundamental que isto seja feito sob a supervisão do seu médico.

Vale ressaltar que essas observações não substituem as recomendações médico. Cada pessoa pode reagir de maneira diferente à paroxetina, por isso é importante contar com a supervisão e orientação de um profissional de saúde.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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