Superproteção dos pais e suas consequências
As consequências da superproteção dos pais sobre seus filhos são muito alentadoras já que, com sua superproteção, os privam de viver sua vida de maneira natural e espontânea. De fato, dificultam seu desenvolvimento saudável e os carregam de medos, inseguranças e uma significativa falta de responsabilidade que poderá ser causa de grandes obstáculos em sua vida.
No seguinte artigo de Psicologia-Online, vamos te mostrar quais são as principais consequências da superproteção dos pais com o objetivo de orientar um diagnóstico que impulsione uma mudança em direção a uma paternidade sóbria e madura.
1. Falta de experimentação
Como seu nome indica, os pais superprotetores protegem em excesso seus filhos/as. Os privam de experimentar situações nas quais, a princípio, não existe perigo algum, inclusive poderiam gerar aprendizados adequados e necessários para seus/suas filhos/as.
2. Medos e inseguranças
Outro dos efeitos da superproteção de pais sobre seus filhos é que, de maneira inconsciente, transmitem uma grande quantidade de medos e inseguranças em situações que, se fossem enfrentadas por eles/as mesmos/as, poderiam levar a cabo sem nenhum tipo de problema.
Durante a infância há determinadas experiências sobre as quais depois criamos esquemas mentais sobre o que é o mundo, a vida, sobre o que nós e os outros somos. A superproteção dos pais pode provocar que estes medos e inseguranças se instalem no interior de seus/as filhos/as e condicionem seu desenvolvimento subsequente.
3. Incapacidade para resolver problemas
Os pais superprotetores resolvem qualquer situação complicada em que seus/suas filhos/as possam se encontrar. Sua intenção é que não sofram, física ou emocionalmente, ao experimentá-la. Mesmo assim, ao se intrometer e resolver a situação por eles mesmos, os fazem crer que são incapazes de resolver por si mesmos/as.
Como consequência, a superproteção dos pais leva a que os filhos/as não aprendam a resolver problemas, pois, por não tentarem, não acreditam ter os recursos nem a confiança necessária para abordar situações difíceis. Diante destas situações, recomendamos a leitura deste artigo sobre como ter confiança em si mesmo/a.
4. Imaturidade
Se falamos dos efeitos da superproteção nos filhos, um deles é a imaturidade que os pais transmitem a seus descendentes. A causa deste comportamento paterno geralmente são as experiências vividas no passado. De fato, geralmente acontece de os pais educarem seus filhos como se fosse uma segunda oportunidade de viver suas próprias vidas, evitando a todo custo possíveis sofrimentos que reabram a ferida pessoal.
Em outros casos, no entanto, trata-se de uma superproteção que se confunde com a "maternidade perfeita", segundo a qual superproteger significa oferecer o que é melhor para ele ou ela. A consequência direta é que os/as filhos/as também se tornam imaturos e não são capazes de discernir o verdadeiro perigo que seus atos possuem.
5. Aprendizagem reduzida
Outra consequência da superproteção dos pais? Impede que os/as filhos/as vivam experiências enriquecedoras. A vida está viva e é através dela que as crianças vão conhecendo o mundo. Se os pais superprotetores os impedem de viver determinadas situações, os pequenos e pequenas perderão muitas experiências de vida e todos os aprendizados associados a elas.
6. Falta de responsabilidade
Outra das consequências de superproteger os filhos é que, com o passar do tempo, eles aprendem a não se preocupar pelos problemas, já que sabem que seus pais os resolverão por eles.
Como resultado, estas crianças não são capazes de se responsabilizar por todas suas tarefas diárias que vem com a idade. Do mesmo modo, é muito difícil para elas se esforçarem nas tarefas solicitadas. Para que isto não ocorra, te recomendamos consultar este artigo sobre o que é ser responsável.
7. Amadurecimento deficiente
Por tudo o que foi dito, apesar de toda sua boa intenção, os pais superprotetores dificultam o correto amadurecimento de seus/suas filhos/as, pois os/as impedem de viver situações próprias e necessárias para isso. A seguir, você verá alguns exemplos que permitem ilustrar este aspecto:
- Impedem o correto desenvolvimento psicomotor: quando as crianças são muito pequenas, por medo de que caiam ou batam em alguma coisa, os pais as impedem de se mover com liberdade.
- Impedem que se esforcem e que assumam responsabilidades: em idades posteriores, para evitar a supersaturação escolar, resolvem parte das tarefas escolares.
- Impedem o desenvolvimento de habilidades sociais: quando resolvem seus conflitos sociais em idades superiores, as impedem de desenvolver habilidades para resolver conflitos. Diante destes casos, neste artigo você encontrará informações sobre as habilidades sociais.
8. Baixa autoestima
A superproteção dos pais em relação a seus filhos deixa transparecer que os progenitores subvalorizam o grandíssimo potencial de seus/suas filhos/as de se nutrirem com tudo o que experimentarem. Além disso, as crianças se encontram em um estado de pureza, livres de condicionamentos e medos de qualquer tipo, o que torna muito mais fácil adquirir os "bons conhecimentos" e extrair o melhor de cada situação.
Neste sentido, os pais superprotetores deveriam deixar que seus/suas filhos/as se desenvolvessem em todas aquelas situações que poderiam resolver por si mesmos/as.
Veja neste outro artigo Como aumentar a autoestima.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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- Cando Yaguar, M. E., & Campaña Toapanta, L. D. R. (2017). La sobreprotección infantil (Bachelor's thesis, Latacunga: Universidad Técnica de Cotopaxi; Facultad de Ciencias Humanas y Educación; Licenciatura en Educación Básica).
- Ramos, J. L., Arranz, P., Hernández-Navarro, F., Ulla, S., & Bitencourt, E. R. (2003). La sobreprotección como un factor de riesgo en la reducción de la autoestima en niños con hemofilia. Psiquis: Revista de psiquiatría, psicología médica y psicosomática, 24(4), 37-42.