Acrofobia (medo de altura): o que é, causas, sintomas e tratamentos


A acrofobia é o medo intenso e irracional de altura, que provoca ansiedade e desconforto em lugares elevados. Suas causas podem incluir experiências traumáticas ou predisposição genética, e os sintomas abrangem vertigem, sudorese e tontura.
Os voos de avião e helicóptero podem nos gerar esse medo. Em geral, o temor desaparece com o tempo, no entanto, pode ser que a sensação persista e não desapareça. Neste artigo de Psicologia-Online, forneceremos informações sobre a acrofobia (medo de altura): o que é, causas, sintomas e tratamentos.
O que é a acrofobia
A acrofobia é um transtorno de ansiedade caracterizado pelo medo de altura. Manifesta-se em situações de exposição a possíveis perigos. Segundo o DSM-V, a acrofobia está incluída dentro do grupo das fobias específicas devido às suas características de apresentação.
Diferentemente de um temor comum à altura, comum entre muitas pessoas, a acrofobia pode interferir significativamente no dia a dia, já que as pessoas evitam situações ou lugares altos, o que limita sua capacidade de viajar ou participar de atividades recreativas ou laborais.
Causas do medo de altura
O medo de altura, como ocorre com a acrofobia, pode ter várias causas. Algumas das mais comuns incluem:
Fatores ambientais
As experiências desagradáveis associadas a lugares altos podem influenciar negativamente, como uma queda ou um acidente de um local elevado. Até mesmo ter testemunhado outra pessoa sofrer um acidente relacionado a altura pode ser suficiente para desenvolver acrofobia.
Fatores genéticos
Há pessoas que podem estar geneticamente predispostas a desenvolver transtornos de ansiedade, como a acrofobia. Se você tem antecedentes familiares de transtornos de ansiedade, pode ser mais suscetível a desenvolver medo de altura.
Sensibilidade à perda de controle
Certas pessoas podem se sentir especialmente desconfortáveis em situações onde percebem que não têm controle total, como quando estão em um lugar elevado e existe a possibilidade (mesmo que remota) de uma queda. Isso provoca ou as torna propensas a ter acrofobia.
Problemas de equilíbrio ou percepção
Algumas teorias sugerem que pessoas com problemas no sistema vestibular, que controla o equilíbrio, podem ser mais propensas a sentir ansiedade quando estão em alturas. A percepção distorcida da distância ao solo também pode gerar insegurança e medo.

Sintomas da acrofobia
Os sintomas mais importantes do medo de alturas são os seguintes:
- Sintomas físicos: tonturas ou sensação de vertigem, sudorese excessiva, palpitações ou aumento do ritmo cardíaco, dificuldade para respirar, tremores no corpo, náuseas, tensão muscular, dor de cabeça e mal-estar geral;
- Sintomas emocionais: ansiedade intensa diante da possibilidade de estar em um lugar alto, desejo de escapar e medo irracional, mesmo que não se esteja em perigo real;
- Sintomas cognitivos: pensamentos catastróficos, como imaginar quedas e acidentes, incapacidade de se concentrar, desorientação ou sensação de falta de controle. Saiba mais em "Necessidade de controle: o que é e como superar".
É importante considerar que a presença isolada de algum desses sintomas não representa um quadro de acrofobia. É imprescindível que o diagnóstico seja realizado por um profissional de saúde mental.
Tratamentos para o medo de altura
Os tratamentos para o medo de altura ou acrofobia varia conforme a gravidade do caso, mas geralmente focam em reduzir a resposta de medo e ajudar a pessoa a gerenciar a ansiedade. Aqui estão os enfoques de tratamento mais comuns:
- Terapia cognitivo-comportamental (TCC): é o tratamento mais comum para fobias, incluindo as relacionadas a altura. Inclui reestruturação cognitiva, que envolve a mudança de pensamentos irracionais ou catastróficos sobre as alturas para desenvolver uma visão mais realista, e a exposição gradual, onde o paciente é exposto de maneira controlada e progressiva a situações que implicam altura;
- Dessensibilização sistemática: este enfoque combina a exposição à fonte do medo com técnicas de relaxamento. A pessoa enfrenta gradualmente sua fobia enquanto aprende a relaxar, o que diminui a resposta de ansiedade;
- Terapia de realidade virtual (TRV): é uma ferramenta útil para tratar fobias de forma segura. A pessoa é colocada em ambientes virtuais simulados de altura sem estar fisicamente em perigo. Isso permite uma exposição gradual e controlada que se torna menos avassaladora;
- Farmacoterapia: a administração de medicamentos ansiolíticos pode ajudar a mitigar a intensidade dos sintomas. No entanto, sua ingestão deve ser supervisionada por um especialista;
- Mindfulness e meditação: podem ajudar as pessoas a estarem presentes no momento e a gerenciarem melhor a ansiedade. A meditação guiada ou exercícios de atenção plena podem reduzir a resposta emocional à fobia. Neste artigo, você encontrará diferentes técnicas de meditação para iniciantes.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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