Ergofobia (medo de trabalho): sintomas, causas e tratamento

A ergofobia, também conhecida como medo irracional do trabalho, é um transtorno de saúde mental caracterizado pela presença de um medo irracional e exacerbado em relação à ideia do trabalho. Nesse sentido, a pessoa que sofre desse problema clínico pode apresentar um forte repúdio a qualquer situação que envolva o ambiente de trabalho.

Embora não haja uma categoria delimitada que represente as características desse quadro clínico, é possível enquadrar a ergofobia no grupo das fobias específicas do DSM-V^[1].

Critérios de diagnóstico para a ergofobia

A seguir, apresentamos os critérios de diagnóstico para a ergofobia ou medo de trabalhar:

• Medo e/ou ansiedade em relação à ideia de enfrentar situações de trabalho ou laborais;
• Evitação de situações de trabalho ou laborais;
• Duração de seis meses ou mais;
• Prejuízo nas relações sociais, laborais e familiares;
• As alterações não podem ser atribuídas a outros distúrbios de saúde mental ou ao consumo de substâncias tóxicas e/ou medicamentos.

Para detectar essa problemática a tempo, é necessário conhecer os indicadores associados a ela. Portanto, é fundamental compreender as manifestações que aparecem no comportamento, nas emoções e nos pensamentos. A seguir, destacamos os principais sintomas da ergofobia laboral:

• Evitação de reuniões de trabalho;
• Isolamento social;
• Palpitações;
• Sudorese;
• Náuseas e vômitos;
• Distúrbios do sono;
• Alterações na alimentação;
• Ideias distorcidas sobre o trabalho;
• Pensamentos catastróficos;
• Insatisfação e insegurança;
• Dificuldade em manter a atenção durante o trabalho.

Apesar da descrição acima, a presença de qualquer um desses sintomas de forma isolada não significa necessariamente que se trata de um quadro de ergofobia. Em suma, a avaliação de um profissional de saúde mental especializado nesse assunto permite obter uma compreensão mais profunda da situação de cada paciente.

Um dos fatores mais significativos na formação desse transtorno mental são suas possíveis origens. Por tal razão, precisamos abordar as causas da ergofobia:

Fatores ambientais

Os fatores ambientais incluem experiências traumáticas que a pessoa pode ter vivido, como, por exemplo, maus-tratos, abusos, acidentes, doenças e outras situações graves ou cenas desagradáveis em ambientes de trabalho hostis, como demissões injustas ou eventos traumáticos.

Nesse sentido, os medos experimentados no passado podem se repetir no presente, manifestando-se na forma de ergofobia.

Fatores genéticos

Pessoas com histórico familiar de distúrbios de ansiedade ou outros transtornos mentais podem ter maior predisposição para desenvolver a ergofobia.

O processamento de estímulos externos ocorre por meio do sistema nervoso central, que envolve neurotransmissores. Portanto, se houver alguma alteração no organismo relacionada a esses neurotransmissores, ela pode ser transmitida à pessoa que sofre do transtorno.

Apesar das complexidades desse transtorno, existem abordagens disponíveis atualmente que podem melhorar a qualidade de vida dos que sofrem com a doença. A seguir, abordamos os tratamentos da ergofobia:

• Psicoterapia: consiste em um espaço que convida à reflexão sobre as situações conflituosas da vida cotidiana. Além disso, a psicoterapia ajuda a desenvolver ferramentas para lidar com a ansiedade e/ou o medo de maneira mais suave. Entre os métodos mais recomendados estão a psicanálise, a terapia cognitivo-comportamental, a terapia em grupo, entre outros;
• Medicação psiquiátrica: no caso de a pessoa manter padrões de comportamento que afetem gravemente sua própria vida e seu ambiente, o uso de medicamentos psiquiátricos pode ser uma solução viável. No entanto, é fundamental que esses medicamentos sejam administrados sob a supervisão de um profissional de saúde.

Se você deseja obter mais informações sobre esse tema, no artigo a seguir abordamos o tema Ansiedade no trabalho: como lidar com ela.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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