Pediofobia: significado, sintomas, causas e tratamento

A pediofobia é o medo exagerado e irracional por bonecas. Esta palavra provém do grego paidion (criança) e phobos (medo ou fobia). As pessoas pediofóbicas têm pânico das bonecas, sobretudo aquelas de traços reais. E não apenas as bonecas, mas também manequins e toda figura que possa se parecer com uma boneca ou que tenha traços similares.

Alguns dos sintomas da pediofobia mais característicos que uma pessoa pode manifestar são:

• Referências negativas de bonecas.
• Evitação excessiva e escape de tais estímulos.
• Hiperventilação e palpitações.
• Ansiedade intensa diante de estimativas errôneas de ameaça, isto é, diante dos significados atribuídos ao estímulo e a resposta gerada pelo medo.
• Aparição de outros transtornos derivados desta fobia.

Se você se pergunta por que as bonecas dão medo, a causa não é unicamente um estressor ou uma vivência, ou a predisposição biológica do indivíduo, mas sempre está presente a interação entre genética e ambiente.

O sujeito que sofre de pediofobia certamente tem uma vulnerabilidade biológica generalizada que, junto com o estresse que vivencie, criará uma sensação de alarme falso, que terminará se convertendo em um alarme aprendido, gerando uma vulnerabilidade psicológica.

Esta vulnerabilidade é influenciada pelos aprendizados, seja de forma direta ou vicária de outros alarmes reais. Este ciclo dá lugar à aparição de transtornos de ansiedade e fobias como a pediofobia (fobia de bonecas).

A chave para superar o medo de bonecas é a exposição repetida ao estímulo temido especificamente e a geração de um novo aprendizado no qual o estímulo temido se torna inofensivo.

Para começar o tratamento da pediofobia, é importante adquirir habilidades de controle da ansiedade e relaxamento, assim como criar um entorno de segurança no marco de uma aliança terapêutica apropriada para poder continuar avançando. A partir daqui, como com todas as fobias, o melhor tratamento seria a terapia de exposição ou dessensibilização sistemática.

Terapia de exposição

Segundo Wolpe, a dessensibilização sistemática funciona por contracondicionamento, isto é, por associar ou gerar uma resposta oposta, como o relaxamento, que seria gerada de forma inicial, como medo e ansiedade.

A terapia de exposição, a mais atual e usada, se fundamenta na teoria bifatorial de Maurer e os modelos de habituação e extinção. Sua eficácia para curar a pediofobia radica em impedir que a evitação se converte em um sinal de segurança. Esta terapia pode ser levada a cabo de várias formas:

• Ao vivo (gradual ou intensiva): expondo-se diretamente à situação que gera o medo irracional com bonecas.
• Simbólica: através de estímulos visuais ou auditivos associados ou através de realidade virtual.
• Em grupo: aumentando assim o apoio social e a motivação e aderência à terapia.
• Interoceptiva: provocando as sensações corporais próprias do momento de aparição do medo como a hiperventilação.

Outras terapias cognitivo-comportamentais

Outras técnicas que funcionam são conhecidas, como a terapia narrativa e o processamento e dessensibilização por movimentos (EMDR). Todas estas terapias mencionadas englobam-se na corrente cognitivo-comportamental da psicologia, da que temos mais evidência científica de sua eficácia.

Como sempre, a escolha do tratamento mais adequado dependerá de muitos fatores, pessoais, sociais e ambientais, que farão com que funcione melhor um tipo ou outro. Seja qual for o tipo de tratamento escolhido, as chaves do sucesso para curar a pediofobia são:

• Que o terapeuta tenha conhecimento do modelo conceitual que aplica.
• Que se tenha estabelecido uma boa relação terapêutica.
• Que se transmita uma lógica consistente do tratamento.
• Que se implantem de maneira efetiva as diferentes modalidades de exposição.

Se você pensa que pode sofrer de pediofobia e percebe que isto está interferindo em seu dia a dia e gerando mal-estar, é importante que procure um/a psicólogo/a que possa encontrar provas pertinentes e realizar o tratamento que melhor se ajuste a seu caso.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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