Psicologia cognitiva

Efeito Ganzfeld: o que é, origem, para que serve e consequências

 
Alejandro Garcia Mingrone
Por Alejandro Garcia Mingrone. 31 agosto 2022
Efeito Ganzfeld: o que é, origem, para que serve e consequências

Durante muito tempo, existiu um grande interesse por ultrapassar os limites do ser humano e foram criadas numerosas invenções para tentar conseguir isso. A medicina e outros ramos da saúde se interessaram nisso e produziram aparatos que buscam reorganizar o corpo humano, além de outros setores como a indústria automotiva, que criaram automóveis com a capacidade de superar velocidades extremas. No entanto, algumas destas tentativas podem significar um risco para as pessoas.

Existe uma metodologia que busca alterar os sentidos do corpo humano alcançar sensações novas que podem gerar deterioramentos importantes no organismo e repercutir em seu funcionamento geral. Neste artigo de Psciologia-Online, te falaremos sobre o Efeito Ganzfeld: o que é, origem, para que serve e consequências.

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Índice
  1. O que é o efeito Ganzfeld
  2. Origem do efeito Ganzfeld
  3. Para que serve o efeito Ganzfeld
  4. Como o efeito Ganzfeld é praticado e seus riscos
  5. Consequências do efeito Ganzfeld

O que é o efeito Ganzfeld

O efeito Ganzfeld é uma metodologia utilizada dentro do campo da parapsicologia que tem como finalidade a percepção de sensações paranormais a partir do isolamento de certos sentidos dos ser humano. Dito de outra forma, o efeito Ganzfeld consiste em uma técnica que parte da base de que o ser humano poderia perceber estímulos extrassensoriais através da anulação dos sentidos, como visão e a audição.

Origem do efeito Ganzfeld

Para abordar a origem do efeito Ganzfeld, devemos considerar alguns fatos históricos que ocorreram ao longo do tempo.

Os inícios dos experimentos provenientes da parapsicologia começam ao redor da década de 1930, a partir de pesquisas de Wolfgang Metzger, psicólogo alemão. Na base de suas observações, Metzger considerava que as pessoas são capazes de perceber elementos que não estão presentes na realidade ao bloquear alguns campos da percepção.

Ao redor da década de 1970, um psicólogo estadunidense chamado Charles Honorton se mostrou interessado em indagar sobre a telepatia como capacidade sobre-humana. Para isso, realizou experimentos utilizando o método Ganzfeld.

Depois de um longo período de tempo foram refutadas as pesquisas de Honorton, já que considerava que os resultados dos experimentos que apresentavam visões e/ou audições extrassensoriais estavam influenciados por outras variáveis. Por este motivo, chegou-se à conclusão de que a telepatia não era possível.

Para que serve o efeito Ganzfeld

Como mencionamos anteriormente, o efeito Ganzfeld é praticado com a intenção de corroborar se o ser humano tem a capacidade de perceber objetos e/ou sons que não fazem parte do campo perceptivo.

Em outras palavras, o efeito Ganzfeld serve para indagar a existência da telepatia e outras habilidades sobrenaturais das pessoas. Estas qualidades compreendem a área do funcionamento cerebral vinculado aos pensamentos, as emoções e os comportamentos que uma pessoa experimenta diante dos estímulos que percebe.

Efeito Ganzfeld: o que é, origem, para que serve e consequências - Para que serve o efeito Ganzfeld

Como o efeito Ganzfeld é praticado e seus riscos

Existe uma série de passos que devem ser cumpridos para desenvolver o efeito Ganzfeld, com a finalidade de que o estudo tenha uma validade considerável.

Em primeiro lugar, a pessoa deverá tapar os olhos e colocar fones de ouvido para evitar possíveis sons e objetos que causam distrações. Em linhas gerais, o lugar do experimento deve estar afastado de estímulos exteriores que possam interferir.

Em segundo lugar, um som branco é reproduzido através dos fones de ouvido. Após um intervalo breve de tempo, outra pessoa, na frente, tentará enviar de forma telepática algumas imagens que observe nesse momento.

Por último, a pessoa que praticou o efeito Ganzfeld deverá corroborar se efetivamente percebeu sinais extrassensoriais.

Consequências do efeito Ganzfeld

Além do procedimento empregado, é necessário advertir dos riscos que implica colocar em prática esta metodologia. A seguir falaremos sobre algumas das consequências mais relevantes do efeito Ganzfeld.

Alucinações auditivas

Se o efeito Ganzfeld se repete com frequência, podem surgir alucinações. De forma geral, isto pode ocorrer como consequência de que o corpo humano tem a capacidade de se acostumar à falta de estímulos provenientes do exterior.

Embora seja certo que isto pode não acontecer com todas as pessoas, existe a possibilidade de que ocorram alucinações auditivas. A percepção de sons que não se encontram na realidade pode ocorrer a partir de que o cérebro tente encontrar sons perceptíveis enquanto se está escutando o ruído branco.

Alucinações visuais

A visão de objetos que não pertencem à realidade é outro dos fatores de risco do efeito Ganzfeld. Da mesma forma que nas alucinações auditivas, neste tipo de alucinações o cérebro tenta compensar a informação que não recebe do entorno com as figuras que aparecem. No entanto, estas distorções da realidade não ocorrem em todos os casos.

Por outro lado, a intensidade das alucinações pode variar segundo as características pessoais de cada indivíduo, como podem ser a idade, o sexo ou as doenças hereditárias, entre outras.

Alteração da percepção

A frequência do efeito Ganzfeld poderia interferir no grau de percepção de cada sentido do corpo humano. Cabe destacar que estes efeitos adversos são hipóteses realizadas de casos reais e não verdades universais.

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Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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Bibliografia
  • Dalton, K. (2016). La transferencia anómala de información en Ganzfeld. Revista Argentina de Psicología Paranormal, 10 (1), 1-11.
  • Nájar Sualdea, S. (2017). Distorsiones perceptivas. Claustrofobia a través del Arte, Arquitectura y Cine. Universidad Politécnica de Madrid.
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