Conflitos familiares

Odeio minha família, o que fazer?

 
Equipe editorial
Por Equipe editorial. 28 dezembro 2020
Odeio minha família, o que fazer?

A família é um dos pontos de apoio mais importantes na vida de uma pessoa. As relações familiares, entretanto, são um tanto complexas. Existem sentimentos como a raiva, o ressentimento e o rancor que acabam se confundindo com o ódio. O rancor e o ódio são sentimentos que se alimentam de recordações e que levam uma atenção constante ao motivo que causou essa ferida no passado.

O âmbito familiar pode gerar um acúmulo de situações que tenham levado a pessoa protagonista a sentir esse desencanto, só que nenhuma forma de ressentimento gera felicidade. Não só isso, mas esse sentimento também acaba motivando uma distância afetiva entre pessoas queridas. Neste post de Psicologia-Online refletimos sobre o tema: odeio a minha família, o que fazer? Se essa questão te atravessa, te mostramos alguns caminhos para vivê-la de maneira saudável.

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Índice

  1. Odeio minha família, o que fazer?
  2. 3 dicas para se reconciliar com a família
  3. 4 decisões que você pode tomar para melhorar o relacionamento com a família

Odeio minha família, o que fazer?

Compartilhamos essas ideias relacionadas à inteligência emocional:

A continuación, compartimos estas ideas de inteligencia emocional:

1. Aceite o que você sente

É possível que a pessoa que sente isso censure as suas emoções e não as reconheça como tais. Nesse caso, é positivo aceitar essa realidade para que se possa identificar a base desse mal-estar. Ou seja, não fique apenas na superfície desse rancor. Pode ser que no fundo dessa dor identifique-se uma necessidade de afeto que precise ser expressado.

2. Expectativas realistas e humanas

É possível cometer o erro de não ser objetivo em uma situação familiar ao demandar um perfeccionismo extremo com os demais e ser mais flexível com outras. As pessoas querias são vulneráveis e imperfeitas. Tende olhar para elas a sob o ponto de vista da empatia.

3. Seu passado não determina o seu presente

Debaixo da ferida do rancor, às vezes, está a dor dos adultos que se sentem presos em um presente que é eternamente condicionado por ontem. O que aconteceu já aconteceu e faz parte da história de sua vida. No entanto, esse passado não define sua realidade atual. Não responsabilize os outros por sua infelicidade atual, pois você é o protagonista de sua vida quando deixar de alimentar o rancor.

4. Tente identificar a causa desse sentimento

Para aumentar sua gestão emocional neste momento de sua vida, é aconselhável que você tente entender o que aconteceu para que você se sinta assim. Esta introspecção em torno desta situação também é muito importante para que se a qualquer momento você decidir iniciar uma terapia psicológica para lidar com esta situação, você compartilhe estas informações com o/a profissional.

Pode acontecer que na base desta dor você encontre um sentimento de falta de amor. Esta é uma percepção interior que, em muitos casos, pode não coincidir com a realidade objetiva do que seus entes queridos estão sentindo. Em termos simples, nós, seres humanos, somos imperfeitos e limitados.

5. Sua família faz parte da sua essência

A rejeição dos entes queridos também mostra uma maneira de negar uma parte importante de si mesmo. O ódio é uma manifestação de rejeição. Aceitar uma situação através da compreensão, por outro lado, ajuda a desenvolver uma nova atitude em relação à sua história.

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3 dicas para se reconciliar com a família

Se você odeia a sua família e não sabe o que fazer, esses conselhos pode servir como inspiração:

1. Não compare a sua com outras familias

Esta tendência à comparação só alimenta sua insatisfação porque, além disso, sua interpretação da realidade é parcial e subjetiva. Você não conhece essas outras famílias tão bem quanto o que fazer parte delas implica. Além disso, também pode acontecer que você não saiba tanto quanto pensa sobre sua própria família pois o ressentimento te impede de receber as possíveis ações de amor demonstradas até você.

2. Escute

O amor também pode estar presente na contradição. Os pais educam seus filhos em valores, por exemplo. Portanto, o conceito de limite também está presente na educação. Esses limites, que podem quebrar as expectativas anteriores das crianças, são uma demonstração de amor, apesar de a princípio gerarem desconforto no espírito daqueles que recebem o efeito dessa ação.

3. Terapia familiar

Uma família é um sistema em constante mudança, evolução e dinamismo. Você pode se posicionar na expectativa de eventos externos ou, ao contrário, tomar a iniciativa de influenciar positivamente esta realidade. Você pode sugerir a ideia de uma terapia familiar com seus pais para promover a compreensão, evitar conflitos familiares e melhorar o relacionamento.

4 decisões que você pode tomar para melhorar o relacionamento com a família

Se você está vivendo uma situação desse tipo, existem decisões que podem te ajudar a seguir em frente:

  • Regule o contato com essas pessoas queridas: você pode variar o ritmo dos planos e da comunicação com a família. Pode ser que prefira vê-los menos. Encontre o ritmo com que você se sinta mais confortável.
  • CCrie um novo relacionamento com sua família: construa um vínculo renovado a partir do presente, tentando dar mais atenção à realidade atual. Você não pode mais mudar o passado, os membros de sua família também não têm esse poder, mas é possível construir um vínculo centrado no agora.
  • Observe nas dificuldades uma oportunidade para desenvolver a resiliência. Todas as famílias têm problemas, dificuldades e desentendimentos.
  • Não generalize: a família é um termo que agrupa todas as pessoas que fazem parte dela. Entretanto, cada membro da família é diferente. Com quem você tem a relação mais cordial? Você pode querer fortalecer o vínculo com algumas pessoas enquanto outros vínculos são menos significativos para você. Pense sobre isso ao tomar suas decisões.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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