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Disfunção erétil psicológica: sintomas, causas e consequências

 
Equipe editorial
Por Equipe editorial. 7 maio 2021
Disfunção erétil psicológica: sintomas, causas e consequências

"Às vezes a perco rápido, é normal não conseguir mantê-la?". "Acho que meu parceiro já não gosta de mim. Outra noite não pudemos fazer porque ele perdeu a ereção".

É claro que as ereções são naturais e necessárias, no contexto adequado, para experimentar uma vida saudável. Espera-se que um homem tenha ereções até mesmo durante o sono (4 aproximadamente), ao acordar e especialmente em situações eróticas. Neste artigo de Psicologia-Online, te explicaremos o que acontece quando se vive a situação contrária, este tipo de situação chata para você e a a outra pessoa quando o ato sexual, a penetração ou o sexo de forma geral se dá de forma incômoda por problemas de ereção ou simplesmente "não é como deveria ser".

E acontece que gerar uma ereção implica um trabalho em conjunto do cérebro, hormônios e outros fatores fisiológicos envolvidos, para obter como resultado uma ereção firme e sustentada, sobretudo durante a consumação do ato sexual. Neste post de Psicologia-Online vamos te apresentar o fator psicológico como possível causador dos problemas de disfunção erétil psicológica, seus sintomas, causas e consequências.

Os problemas de ereção podem ter origem psicológica?

Geralmente, se tem como fato de que as ereções são a norma no momento de um encontro sexual, ignorando as circunstâncias que rodeiam o homem em questão, quando estas últimas são de suma importância e em certos casos, determinantes, para que esta ação ocorra quando e como se espera. Para o desenvolvimento de uma vida sexual saudável não somente faz falta contar com órgãos sexuais primários em bom estado, além de ser necessário contar com condições vitais favoráveis.

Por outro lado, a atual geração de adultos que corresponde ao chamado grupo "Millenials" e que, estima-se representar aproximadamente 30% da população mundial, tende a ser propensa ao desenvolvimento de ansiedade e depressão, além de apresentar um ingresso tardio no mercado de trabalho, em grande parte devido às condições financeiras que se vivem, mas que relação há com isto? A relação que estes dados guardam a respeito dos problemas de disfunção erétil psicológica é que tal grupo parece ser vulnerável às preocupações, a pensar demais e remoer, a se sentir emocionalmente afetados por fatores externos e a sustentar um lócus de controle externo que influencia em seu desenvolvimento, incluindo o sexual.

Então, é quando se compreende que, em certos casos, os problemas fisiológicos podem ser ocasionados por fatores psicológicos não resolvidos ou até mesmo desconhecidos pela pessoa; de fato, os problemas de ereção poderiam ser a consequência e não a origem. Isto é, apresentam-se casos onde os altos níveis de ansiedade (por diversas causas como trabalho, estudos ou conflitos familiares) impedem executar todo o processo que leva à ereção ou onde a falta de concentração devido ao excesso de preocupações impede a conquista de um sono profundo que resulta na típica ereção matutina. Em outras palavras, existem os problemas de ereção devido a fatores não orgânicos ou psicológicos que geralmente chamamos "nervosismo" para nos referirmos à alteração de nosso comportamento.

Em que idade o homem tem problemas de ereção?

Não se tratando de disfunção erétil, este tipo de problemas é comum nos homens a qualquer idade em especial no início dos 50 anos de idade, pode ser tratado e tende a ser temporal. No entanto, diante da dúvida, se sugere ao homem procurar um médico de confiança (e devidamente certificado) com intenção de descartar ou confirmar esta condição de disfunção erétil ou identificar um problema de ereção psicológica.

Para isso, neste artigo você encontrará informação referente aos sintomas, as causas e as consequências dos problemas de ereção psicológica.

Sintomas de disfunção erétil psicológica

Quais são os sintomas de problemas de ereção? Os problemas de disfunção erétil psicológica apresentam características que se diferem de outras condições relacionadas ao pênis e seu funcionamento ou à disfunção erétil, tal como foi falado anteriormente. O caso dos problemas de disfunção erétil psicológica, se centra na impossibilidade para obter ou sustentar uma ereção pelo período de tempo requerido. No entanto, isto não exclui o impulso, o desejo sexual ou a ejaculação; estes três podem não se ver afetados em relação aos problemas de disfunção erétil psicológica.

Causas da disfunção erétil psicológica

Tratando-se de disfunção erétil psicológica, ajuda compreender que os motivos pelos quais estes episódios surgem tem uma base primordialmente psicológica que impede ou dificulta o desenvolvimento dos processos fisiológicos necessários para conseguir uma ereção.

Portanto, pressionar você ou seu parceiro para conseguir uma ereção ou que a sustente pelo tempo necessário para o ato sexual, é um obstáculo e não um incentivo; até mesmo pode piorar a situação.

Vejamos porque ele fica "mole" logo depois de ter relações e os aspectos psicológicos mais comuns envolvidos nos problemas de disfunção erétil psicológica. As causas da perda de ereção durante o coito do tipo psicológico são:

Consequências da disfunção erétil psicológica

Sendo um evento ocasional, as consequências psicológicas podem ser reversíveis e menos graves, já que se sabe que a maioria da população masculina experimentará isto em algum momento de sua vida, diferente do caso da disfunção erétil diagnosticada, onde será necessário apoio psicológico e emocional de maior impacto para a estabilização nesta área da pessoa. De forma geral, sendo a ereção importante não somente física, mas também simbolicamente como um sinal de virilidade masculina, é possível que o homem desenvolva mal-estar ou alterações, como:

  • Insegurança;
  • Autoestima afetada de forma negativa;
  • Questionamentos e pensamentos negativos a respeito da própria masculinidade;
  • Sensação de impotência;
  • Raiva;
  • Reclamações, estado inconformado;
  • Insatisfação geral com sua vida sexual.

Como resolver a disfunção erétil psicológica

O que pode ser feito se não se consegue manter a ereção durante o sexo? Leve em conta os seguintes aspectos sobre os problemas de ereção:

  1. É habitual: a maioria dos homens experimenta esta situação, sem importar a idade.
  2. Geralmente é passageira: tende a ser algo circunstancial.
  3. Mais comum com a idade: é mais provável que ocorra ou aumente a partir dos 50 anos de idade.
  4. Não tem porquê ser um transtorno: nem todos os problemas para conseguir uma ereção merecem ser chamados de "disfunção erétil", visto que este diagnóstico deve ser declarado por um especialista da área da saúde com base no cumprimento dos critérios de diagnóstico.
  5. É necessário revisar os hábitos tóxicos: as dificuldades que se apresentam a nível de funcionamento nos órgãos genitais, tanto masculinos como femininos, nem sempre possuem uma raiz fisiológica. Também pode se tratar de algo relacionado com o consumo de substâncias nocivas como o tabaco, o álcool ou outra droga lícita ou ilícita. Sendo assim, se você consome este tipo de substância usualmente, está aumentando a probabilidade de que estes inconvenientes apareçam e afretem sua vida sexual, bem-estar e qualidade de vida.
  6. As causas psicológicas podem ser tratadas por especialistas: existem fenômenos psicológicos que explicariam algumas dificuldades na área do desempenho na atividade sexual. Trata-se de disfunções não orgânicas que podem ser tratadas por especialistas em saúde mental como psicólogos/as e/ou sexólogos/as devidamente certificados.
  7. A disfunção erétil psicológica possui tratamento: as dificuldades de ereção não são um problema irreversível, mas tende a se tratar de um problema temporal com soluções ao alcance da ciência, sendo assim, anime-se!
  8. Hábitos saudáveis são importantes: por outro lado, lembremos que a sexualidade é uma dimensão extremamente ampla e que não se limite ao funcionamento do órgão reprodutor, isto é, antes da ereção, há uma série de condições que devem ocorrer para que ela ocorra. Por exemplo: dormir bem, alimentação balanceada, fatores psicológicos, como desejo sexual ativo, gestão da libido, ausência de estresse e/ou ansiedade, preocupações excessivas, preconceitos, insegurança, entre outros. Sendo assim necessária a avaliação e consideração de uma soma de fatores para determinar se a falta de ereção é o problema original ou o contrário, é a consequência palpável de outra condição.

Como evitar ou reduzir a probabilidade de aparição de problemas de ereção?

Existem algumas ações preventivas que podem ser feitas para reduzir a probabilidade de apresentar problemas para manter a ereção:

  • Praticando exercícios de relaxamento diariamente;
  • Evitar assuntos fora de seu alcance, pois geram ansiedade;
  • Exercendo a comunicação em casal;
  • Evitando criar expectativas;
  • Exercitando seu corpo de acordo com as próprias necessidades;
  • Através de uma alimentação balanceada;
  • Ao menos 8 horas de sono;
  • Evitando o consumo excessivo de substância como álcool, nicotina ou outro tipo de droga.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

Se pretende ler mais artigos parecidos a Disfunção erétil psicológica: sintomas, causas e consequências, recomendamos que entre na nossa categoria de Sexologia.

Conselhos
  • Finalmente, lembre-se que, mesmo que aqui no Psicologia-Online te fornecemos informação profissional, o adequado é que você recorra a seu especialista de confiança (devidamente certificado), para diagnosticar qualquer condição de saúde que você ou seu parceiro possa estar apresentando.
Bibliografia
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  • Zumalacárregui, José Antonio. (10 de junho de 2020). Tu otro médico. Impotencia. Disfunción eréctil. Recuperado de: https://www.tuotromedico.com/temas/impotencia.htm
  • Asociación Estadounidense de Psiquiatría. (2014). Manual Diagnóstico y Estadístico de los trastornos mentales. Madrid: Editorial Médica Panamericana.

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