Psicologia cognitiva

Terapias contextuais: como nos ajudam?

 
Equipe editorial
Por Equipe editorial. 20 fevereiro 2023
Terapias contextuais: como nos ajudam?

As terapias contextuais se encarregam de proporcionar ferramentas para que assim possa dirigir e focar sua vida com maior flexibilidade, de forma que vá fazendo ajustes e equilibrando suas experiências em função dos acontecimentos ou de sua avaliação em cada caso.

Atualmente, existem diferentes programas de formação bastante completos que podem te levar a ser o terapeuta que deseja e, sobretudo, o terapeuta que seus pacientes precisam.

Desta maneira, poderá aprender os diferentes modelos e construir uma infinidade de programas destinados à prevenção e intervenção de diferentes desordens comportamentais. Leia tudo em Psicologia-Online.

Índice

  1. Origem das terapias contextuais
  2. O que são as terapias contextuais
  3. Quais são as terapias contextuais
  4. Quer se formar como terapeuta de terapias contextuais?

Origem das terapias contextuais

Buscando soluções científicas e objetivas aos transtornos mentais, surge a psicoterapia baseada no modelo lógico positivista. Seu objetivo principal era curar os transtornos mentais aplicando o método científico.

Anteriormente se acreditava que os problemas mentais se formavam unicamente na mente dos indivíduos doentes, mas a psicologia se interessou não apenas em estudar o indivíduo, mas também na área relacional, incluindo o contexto.

Os maiores avanços neste sistema de crenças foram introduzidos pelo filósofo Martin Buber, destacando a ideia de que a realidade é composta de relações. Para o momento, as terapias individuais eram comuns, reconhecendo seus limites, especificamente em pacientes psicóticos.

O instituto de Psiquiatria na Filadelfia, em 1957, dirigido pelo psiquiatra Ivan Boszormenyi-Nagy, colocou em andamento um projeto de investigação sobre terapias familiares. Graças a estes estudos, Boszormenyi-Nagy é considerado o pai da terapia contextual e seu trabalho enfatiza a união das gerações, das relações interpessoais e os processos da psique.

Os modelos cognitivos integradores de pensamento para o tratamento de transtornos mentais avançaram desde sua criação, e durante os estudos dos últimos vinte anos, ficou demonstrado que os modelos terapêuticos não devem permanecer estáticos, visto que as pessoas precisam de tratamentos que respondam às necessidades da sociedade, e por isso são necessárias terapias específicas do contexto.

As terapias contextuais ou de terceira geração, oferecem uma nova perspectiva sobre o tratamento e representação dos transtornos mentais, isto é, dos problemas psicológicos em geral.

O que são as terapias contextuais

As terapias contextuais, as quais também são conhecidas como de terceira geração, se encarregam de examinar o comportamento das pessoas no contexto que estejam, em vez de separá-lo dele. Isto significa examinar o que uma pessoa valoriza, o que diz e como diz, incluindo uma análise do comportamento verbal em cada indivíduo na hora de interagir com os outros.

Para predizer melhor o comportamento de um paciente, os psicoterapeutas devem compreender o contexto que afeta seus comportamentos e, desta forma, proporcionar o tratamento de terapias efetivas. De forma pontual, a terapia contextual busca uma compreensão do significado por trás das emoções, ações e pensamentos das pessoas onde se inclui o contexto como um parâmetro.

Behaviorismo radical

Alguns autores afirmam que as terapias contextuais são descendentes diretas do behaviorismo radical, no entanto, estar de acordo com esta afirmação seria reducionista, já que implica que os postulados das terapias de terceira geração são os mesmos de Skinner.

As terapias de terceira geração incluem descobertas da ciência, que demonstraram resultados na área psicoterapêutica para determinar o efeito do contexto e seus elementos no comportamento. Estas intervenções psicoterapêuticas examinam de forma precisa as diferenças entre a realidade e a realidade construída por cada pessoa.

Assim, a terapia contextual tem uma carga filosófica, e se centra em grande parte em temas como perdão, moralidade, justiça e ética. Inclui também a cura através das gerações, levando à reconciliação e ao reconhecimento.

Também busca conciliar estes aspectos que se encontram em dissonância e dirigi-los a uma cura, seja a dor que provocam ou para melhorar a relação do paciente com seu entorno. A todas as pessoas e coisas envolvidas no processo, se refere o termo contextual.

Quais são as terapias contextuais

Na terapia contextual, são considerados quatro aspectos de interação: os fatos, as interações comportamentais, a psicologia individual e as considerações éticas relacionadas com as relações. Existem muitos expoentes de terapia contextual, no entanto, os principais modelos terapêuticos incluem:

  • A terapia dialético-comportamental (DBT): esta terapia tem como objetivo reduzir os comportamentos e pensamentos autodestrutivos dos pacientes. Desenvolveu-se para tratar sobretudo o transtorno limite da personalidade. Este método busca aliviar a dor emocional, realizar comprovações da realidade e manter a plena consciência já que promove a tolerância.
  • A terapia de aceitação e compromisso (ACT): é um dos modelos mais estudados dentro dos exemplos relacionais, baseados em uma ampla teoria filosófica que tem como base para este tipo de psicoterapia. Busca definir os valores pessoais dos indivíduos e como aceitar os acontecimentos.
  • A terapia baseada em mindfulness: esta terapia sugere que precisamos aceitar radicalmente o momento presente, destacando que devemos selecionar ativamente nossas experiências, sejam insatisfatórias ou dolorosas, permitindo ao indivíduos operar no aqui e agora. Esta terapia permite evitar que os pensamentos sobre o passado ou o futuro se apoderem da mente, para poder decidir no momento atual.
  • A psicoterapia analítica funcional: esta terapia se foca ne relação psicoterapêutica. Seu foco é a relação do paciente com seu psicoterapeuta e as oportunidades de aprendizagem que surgem dentro das sessões. Neste modelo de terapia, mudar certos comportamentos depende da estreita relação que se cria entre paciente e terapeuta.

Quer se formar como terapeuta de terapias contextuais?

Nesta área conhecerá fundamentos teórico-práticos, com uma ampla possibilidade de se formar através de mestrados e pós-graduações. Como já indicamos, a opção que mais se destaca é o mestrado universitário em terapias contextuais que a Universidade Europeia oferece, o qual dispõe da modalidade online com aulas ao vivo e se desenrola em longo de 12 meses.

Poderá conhecer aspectos como as habilidades de comunicação e de escuta que são usados nas terapias contextuais, as técnicas e estratégias que se utilizam, o marco teórico em que se baseiam e a intervenção em pacientes individuais e em grupos. Ao finalizar se realizam práticas profissionais e depois, obtêm um título oficial emitido por este centro de estudo.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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