Tipos de teorias psicológicas

Uma das teorias fundamentais e mais importantes da psicologia é a do condicionamento clássico, de Ivan Pavlov, que é considerado um dos pais do behaviorismo. Pavlov descobriu os fundamentos do condicionamento clássico em seu laboratório, por meio de experimentos com animais, nos quais ele observou que eles reagiam fisicamente a certos estímulos ambientais.

Do ponto de vista acadêmico e psicológico, essa teoria está associada à resposta do indivíduo a um estímulo neutro, o que é conhecido como resposta condicionada. Ou seja, o estímulo condicionante gera uma resposta condicionada. Atualmente, essa teoria é uma das mais utilizadas em diversos campos, como treinamento militar, esportivo e até mesmo no treinamento de animais de estimação.

A teoria dualista cartesiana, proposta por René Descartes, sustenta que existe uma clara distinção entre a mente e o corpo. Segundo essa teoria, a mente é uma entidade não-material, consciente e pensante, enquanto o corpo é uma entidade material, composta por substância física. Descartes postulou que a mente e o corpo interagem entre si em um ponto específico do cérebro chamado de glândula pineal.

Essa teoria psicológica se baseia na ideia de que mente e corpo são substancialmente diferentes e, portanto, podem existir de maneira independente. Descartes argumentava que a mente é o assento da consciência, do pensamento e da vontade, enquanto o corpo é uma máquina física governada por leis naturais. Como resultado, o dualismo cartesiano apresenta uma dicotomia entre o mental e o físico, o que implica que a mente não pode ser reduzida a processos puramente físicos.

Embora essa perspectiva tenha sido descartada há séculos, ela teve uma influência significativa na filosofia da mente e gerou debates sobre a natureza da consciência, a relação mente-corpo e a existência de uma identidade pessoal.

Burrhus Frederic Skinner foi quem propôs a teoria do condicionamento operante, que também se enquadra na psicologia comportamental. Trata-se de uma abordagem na qual se argumenta que a aprendizagem é condicionada por certos comportamentos que são reforçados por meio de estímulos agradáveis ou desagradáveis. Ou seja, por meio de reforços positivos ou negativos.

Essa foi uma das teorias mais utilizadas até meados da década de 60, quando surge a psicologia cognitiva, que demonstra que a aprendizagem pode ocorrer no indivíduo com ou sem a presença de um estímulo.

A psicologia da Gestalt é uma corrente teórica e metodológica dentro da psicologia que surgiu no início do século XX na Alemanha. Seu foco principal está na análise da percepção e compreensão, e em como as pessoas organizam e dão sentido à informação sensorial.

Ela se baseia na ideia de que a experiência humana não é composta apenas por elementos isolados, mas percebemos e interpretamos o mundo em termos de padrões e totalidades significativas. Os gestaltistas argumentam que nossa percepção é influenciada por princípios organizacionais inatos, como a lei pregnância, a lei da proximidade, a lei da semelhança e a lei da continuidade.

Esses princípios explicam como agrupamos estímulos em formas significativas e como percebemos a estrutura e o significado de objetos e eventos.

Uma das teorias psicológicas mais importantes no campo da psicologia é o cognitivismo ou aprendizado cognitivo de Jean Piaget. Nesse sentido, afirma que o indivíduo pode construir seu próprio aprendizado com base em sua experiência, de modo que o ensino que recebem forma um arcabouço que lhes permite formar novos conhecimentos.

Além disso, Piaget estabeleceu um conjunto de estágios nos quais as pessoas podem ou não adquirir certas aprendizagens, com base em seu desenvolvimento cognitivo, físico, biológico e social.

Uma das teorias mais interessantes da psicologia é a do aprendizado social, proposta no século XX pelo psicólogo soviético Lev Vygotsky. Essa teoria focaliza o papel central da interação social e da cultura no desenvolvimento cognitivo dos indivíduos.

De acordo com Vygotsky, o desenvolvimento humano ocorre por meio da interação com o ambiente social e cultural. Ele defende que os processos psicológicos superiores, como o pensamento abstrato, a resolução de problemas e a linguagem, são adquiridos por meio da interação social e da participação em atividades culturalmente significativas.

Esta é uma das teorias mais relevantes no campo da psicologia atual, pois estabelece que a mente humana funciona por meio de diferentes processos, em que o primeiro é a entrada dos estímulos pelos sentidos. Depois, esses estímulos são armazenados na memória (consciente ou inconsciente) e, em seguida, são utilizados para gerar ações.

Portanto, é uma das teorias psicológicas mais controversas e amplamente utilizadas, uma vez que explica como nossos comportamentos são resultados do processamento de diferentes estímulos por meio das operações mentais mais complexas.

Foi Leon Festinger quem apresentou a teoria da dissonância cognitiva. Trata-se de uma perspectiva na qual o indivíduo sente desconforto ou incômodo ao tentar sustentar duas posturas, crenças ou ideias que são antagônicas ou diferentes entre si, o que causa "ruído" cognitivo, pois essas ideias não se encaixam em seus esquemas mentais.

Confira mais informações sobre essa teoria no artigo "Autopercepção: o que é, teorias, exemplos e como melhorá-la".

A teoria da aprendizagem social, também conhecida como teoria da aprendizagem observacional ou teoria da aprendizagem vicariante, foi proposta pelo psicólogo Albert Bandura na década de 1960. Essa teoria é baseada na premissa de que a aprendizagem ocorre não apenas por meio da experiência direta, mas também pela observação do comportamento dos outros, especialmente de modelos significativos.

De acordo com essa teoria, as pessoas aprendem novos comportamentos, habilidades e atitudes ao observar os outros e as consequências que eles experimentam como resultado de suas ações. Bandura argumentou que esse tipo de aprendizagem ocorre em um processo de quatro etapas: atenção, retenção, reprodução e motivação.

George Lakoff é o pai desta teoria psicológica. Sua abordagem afirma que o corpo e a mente são uma única entidade que funcionam em conjunto, o que a torna uma teoria antagônica à dualidade de René Descartes. Também é conhecida como a tese da mente incorporada ou "pensar com o corpo".

A cognição corporificada estabelece que existe uma relação dialética entre a mente e o corpo, de modo que as funções executivas estão relacionadas aos sinais que o corpo envia por meio dos estímulos. Isso é o que fornece a base para afirmar que o cérebro recebe comandos do corpo e, em seguida, envia um sinal que permite ao corpo agir de modo conforme.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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