Comunicação emocional: o que é, características e como melhorá-la

A comunicação emocional se baseia na transmissão de emoções a outra ou outras pessoas. Isto é, trata-se de incluir as emoções na transmissão de sua mensagem para que a comunicação seja mais efetiva. A comunicação emocional pode ser praticada através de uma mensagem verbal, de um contato físico, de um gesto ou de uma expressão não verbal. O uso das emoções na comunicação permite convencer, emocionar, persuadir ou ser entendido pelos outros.

Para poder colocar em prática a comunicação emocional, é necessário poder reconhecer, nomear e controlar nossas próprias emoções, assim como ter em conta as emoções dos outros.

Graças ao uso da comunicação emocional, podemos transmitir aos outros nossas próprias emoções, adequando a mensagem a como os receptores vão se sentindo. Para comunicar emocionalmente, seja de maneira verbal ou não verbal, e/ou de maneira presencial ou a distância, é preciso ir modificando o contato físico, o tom e a intencionalidade da mensagem.

Entre as principais características da comunicação emocional, encontramos:

• Transmissão de uma mensagem verbal ou não verbal através de uma mensagem falada ou através de contato físico, desde uma perspectiva subjetiva, já que se emprega para expressar como nos sentimos e poder entender também como os outros se sentem.
• Uso de verbos emocionais como encantar, surpreender, aborrecer, irritar, decepcionar, etc.
• Inclui-se o estado de humor e estão muito presentes nossa autoestima, inseguranças, habilidades sociais e afetivas.
• A comunicação emocional se centra em descrever como nos sentimos, definir comportamentos no lugar de pessoas e se concentrar em chegar à compreensão mútua.

A comunicação emocional é importante não apenas para cada pessoa em nível individual, mas também para o conjunto da sociedade:

• O fato de que nos comuniquemos emocionalmente ajuda a potencializar a empatia, o respeito e a compreensão mútua.
• Este tipo de comunicação é realmente relevante para que possamos entender o outro, evitando discussões, conflitos e brigas desnecessárias que geralmente surgem pela falta de conhecimento sobre o estado emocional do outro. Por exemplo, no âmbito das relações de casal poderíamos conseguir se sentir queridos, no núcleo familiar transmitir agradecimento a nossos pais, e/ou no setor escolar mostrar aos professores quando nos sentimentos sobrecarregados.
• Nosso interlocutor se abrirá e poderá ser mais sincero conosco devido ao que se denomina "contágio emocional", isto é, ao expor nossos sentimentos, a outra pessoa se sentirá cômoda e inconscientemente fará o mesmo e nos mostrará seus sentimentos.
• Nossos atos tornam-se muito mais justificados, já que os outros entenderão que as emoções são as que nos levaram a agir de uma determinada forma.

Existem várias chaves que podem nos ajudar a melhorar a comunicação emocional, entre elas destacam-se as seguintes:

1. Reflita antes de começar a falar: é necessário que identifiquemos como nos sentimos antes de transmitir a mensagem para poder focar qual emoção queremos que acompanhe nossa mensagem.
2. Utilize o contato visual: o fato de olharmos nos olhos quando nos comunicamos com alguém é um fator chave para transmitir não apenas o conteúdo da mensagem, mas também como nos sentimos, assim como poder perceber como o outro está se sentindo.
3. Torne-se responsável por suas próprias emoções: é fundamental que nos permitam também experimentar emoções negativas e evitar a tendência de responsabilizar constantemente o outro de como nos sentimos.
4. Respeite: o respeito é a base de qualquer tipo de comunicação, já que permite que ambos os interlocutores se sintam confortáveis e seguros para seguir se comunicando apesar de que o conteúdo e a emoção vinculada à mensagem sejam de caráter negativo.
5. Integre: que as pessoas que participam no ato comunicativo se sintam parte do mesmo e com o direito de intervir. É essencial para que a comunicação seja fluida e recíproca.
6. Evite julgar: nem sempre é necessário entender como o outro se sente, mas sim aceitar que são seus sentimentos e que não temos o direito de criticar o que algo, alguém ou alguma situação o faz sentir.
7. Use verbos emocionais: o fato de utilizar verbos que transmitam emoção por si só é uma ferramenta muito útil para melhorar nossa forma de comunicar emocionalmente. Alguns exemplos de verbos emocionais são: irritar, alegrar, sentir, enraivecer, gostar, deixar nervoso, surpreender, encantar, entristecer, etc.

A comunicação emocional tem numerosas vantagens, mas também algumas desvantagens.

Entre as vantagens destacam-se:

• O desenvolvimento de habilidades sociais, afetivas, de enfrentamento, da empatia, o respeito e o entendimento.
• Ajuda a evitar conflitos e discussões, reduzindo assim todo tipo de violência.
• Permite melhorar nossa autoestima, diminuir o número de inseguranças, ganhar segurança em si mesmo e melhorar nossa saúde mental.
• Nos ajuda a melhorar a qualidade de nossas relações interpessoais, conseguir certas metas e compartilhar com mais profundidade com nossos entes queridos.

No entanto, a comunicação emocional também tem certas desvantagens como:

• O fato de serem rejeitados.
• Que a outra pessoa não seja capaz de se colocar em nosso lugar.
• Que nos julguem por como nos sentimos e/ou que nos gere inseguranças.

Existem uma infinidade de exemplos de comunicação emocional. Alguns destes exemplos são: os sorrisos, os olhares de cumplicidade, um abraço, um beijo, as carícias ou a expressão de algum desejo.

No caso dos beijos, podem ser utilizados para demonstrar afeto por um familiar ou paixão por seu/sua parceiro/a.

Os abraços podem mostrar compreensão diante da vivência de uma situação dolorosa por parte da outra pessoa. Um exemplo muito concreto é o contato pele a pele que as mães têm com seus bebês quando nascem, é uma forma de comunicação emocional no qual as mães transmitem todo seu amor e felicidade a seus bebês apenas com o contato físico, sem necessidade de uma linguagem comum.

Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.

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