Mantras poderosos
Os mantras ou cânticos espirituais têm sido usados por séculos para acalmar a mente e se conectar com um nível de energia mais elevado. Embora cada pessoa possa ter seu próprio mantra pessoal, existem sete mantras poderosos que são considerados cânticos divinos devido à sua energia condensada por meio de sons. Em outras palavras, nossos pensamentos são uma fonte constante de força, mas essas repetições são capazes de transformar a realidade que vivemos. Por isso, eles são usados para amplificar as energias positivas dos pensamentos que levam à tranquilidade e ao sucesso.
Neste artigo de Psicologia-Online, explicamos quais são os mantras poderosos utilizados por diferentes culturas em todo o mundo ao longo de milênios.
O que é um mantra
Os mantras são sons, frases ou sílabas que são repetidos de forma constante e regular como parte de práticas espirituais, meditativas ou religiosas. Esses cânticos têm sido uma ferramenta utilizada desde tempos ancestrais para criar sulcos nas ondas cerebrais, focar a mente, invocar energias positivas e alcançar um estado de conexão interior.
Os mantras têm sua origem em antigas tradições espirituais da Índia, como o hinduísmo e o budismo, e acredita-se que tenham o poder de influenciar a mente e o espírito, gerando efeitos benéficos quando repetidos com devoção e atenção. Cada mantra possui um significado e uma vibração específicos, portanto, sua repetição constante ajuda a acalmar e concentrar a mente, despertar aspectos espirituais e promover a paz interior.
Diversas pesquisas demonstraram que a mente é capaz de se adaptar a pensamentos, tanto positivos quanto negativos, estabelecendo-os como padrões fixos, especialmente quando as frases são repetidas regularmente. Portanto, a eficácia dos mantras baseia-se na neuroplasticidade cerebral. Dessa forma, ao escolher os mais eficazes, os pensamentos podem ser intencionalmente alterados para melhorar a sua vida.
Om
Este é o mantra mais conhecido de todos, e diz-se que é o som que gerou o universo durante sua criação. O "om" é um som primordial e sagrado que se encontra em muitas tradições espirituais antigas, especialmente no hinduísmo e no budismo. Seu nome representa o som primordial do universo, a partir do qual todas as coisas se originam e para o qual todas elas retornam.
Acredita-se que o mantra "om" contenha as vibrações dos estados de vigília, sono profundo e sonhos, bem como o estado de consciência transcendental.
Savitri
Também conhecido como mantra Gayatri, o Savitris é um mantra antigo e sagrado que é recitado à deidade do Sol, Savitr. Ele é mencionado pela primeira vez no Rig-Veda, aproximadamente há 3.000 anos, e segundo a lenda, o Ser Supremo deu esse mantra ao sábio Vishwamitra, que se encarregou de transmiti-lo ao restante das pessoas.
Aqui está o que este cântico sagrado repete:
Om bhur bhuvah swah
Tat savitur varenyam
Bhargo devasya dhimahi
Dhiyo yo nah prachodayat
Tan Hum
Este mantra provém do sânscrito e é usado para alinhar o chakra básico. Sua tradução é "eu sou", "eu estou". Sua função baseia-se em fazer compreender que o que importa é o "aqui e agora", para focar os pensamentos na importância de estarmos onde devemos estar e de que somos suficientes diante das adversidades.
Om Gam Ganapataye Namaha
Este é outro dos mantras mais poderosos. É recitado à deidade hindu Ganesha, conhecida na cultura hinduísta como o removedor de dificuldades. É um mantra altamente eficaz para abrir caminhos e desbloquear a criatividade quando se necessita de uma mudança de perspectiva diante dos dilemas da vida.
Sua tradução é a seguinte:
- Gam: saudação a Ganesha;
- Ganapataye: palavra usada para invocar Ganesha;
- Namaha: significa "eu ofereço meus cumprimentos e me curvo diante de você".
Se você se interessa por mantras poderosos, aprenda tudo sobre os mantras no vídeo que deixamos aqui abaixo.
Aham Prema
"Aham Prema" é um mantra que vem da tradição do yoga e é considerado um mantra sânscrito. O mantra "Aham Prema" é composto por duas partes. Por um lado, "Aham", que significa "eu" ou "eu sou", e por outro lado, "Prema", que se traduz como "amor" ou "amor divino".
Juntos, esses termos formam a afirmação "u sou amor". No seguinte artigo, você encontrará mais informações sobre técnicas de meditação para iniciantes.
Namah Shivaya
Este poderoso mantra tem suas origens no hinduísmo, tradição que considera que Shiva é o Ser Supremo da transformação. Este mantra faz referência a Shiva, o deus destruidor e transformador do panteão hindu. Os significados de cada sílaba se entrelaçam para formar um profundo senso de devoção e reverência a Shiva.
Ao recitar ou repetir o mantra "Namah Shivaya", expressa-se o reconhecimento dessa divindade e recita-se uma atitude de reverência ao seu poder e presença no universo. Este mantra é considerado muito especial e poderoso porque está associado à destruição do ego e à conexão com a consciência universal. Ao repeti-lo, busca-se elevar a mente e entrar em um estado de meditação profunda e contemplação espiritual.
So Ham
O So-Ham, também conhecido como "Hamsa" ou "Ham Sa", é um mantra sânscrito usado em práticas de meditação e respiração na tradição do yoga e do hinduísmo. Sua tradução é "eu sou isso" e evoca o conceito espiritual da conexão entre o indivíduo e a divindade, reconhecendo que alguém está intrinsecamente ligado ao poder e à energia universal.
Na prática de meditação com o "So Ham", a repetição mental ou verbal do mantra é combinada com a respiração consciente. Ou seja, durante esse exercício, associa-se o som "So" à inalação e o som "Ham" à exalação, sincronizando o mantra com o fluxo natural da respiração. Ao repetir o mantra a cada inspiração e expiração, busca-se criar uma maior consciência da conexão entre o indivíduo e o universo.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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- Blofeld, J. (2004). Mantras sagradas palabras de poder (Vol. 544). Edaf.
- Shadid, A. C., & Cabezas, Z. R. (2015). Los términos sánscritos del yoga: una travesía milenaria. Revista Káñina, 39, 95-112.