Como reduzir o excesso de dopamina
A dopamina é uma substância envolvida nas sensações de recompensa. É um dos chamados hormônios da felicidade. Ter uma quantidade equilibrada desta substância é crucial para o ser humano. Tanto o excesso da mesma, como a falta, pode causar graves danos em quem sofre desta condição e, por isso, é de extrema importância sua regulação.
Além de atuar nos circuitos de recompensa, a dopamina participa em funções de atenção, de motivação, na memória, no sentimento de prazer e no controle motor, entre outros.
Para descobrir o que pode causar um excesso de dopamina, quais são os sintomas de tal excesso, as consequências que pode ter e como reduzir o excesso de dopamina, continue lendo este artigo de Psicologia-Online.
Causas do excesso de dopamina
A dopamina é um neurotransmissor do sistema nervoso central. Vejamos por quais motivos a dopamina pode estar presente em uma quantidade maior do que a considerada normal:
- Estresse: um dos motivos pelo qual uma pessoa pode ter altos níveis de dopamina é o estresse, já que esta substância se encarrega, entre outras funções, de nos preparar para a luta ou para a fuga diante de um perigo. Por isso, um estresse continuado pode fazer com que os níveis gerais desta substância aumentem.
- Drogas ou fármacos: o consumo de drogas e de alguns medicamentos pode elevar os níveis de dopamina. Um exemplo disso é a nicotina, razão pela qual é muito fácil "se enroscar" com o tabaco, devido às sensações prazerosas e de recompensa que ele cria. Entre os medicamentos, se encontram alguns como a apomorfina, selegilina e ropinirol. Neste artigo explicamos os efeitos das drogas no sistema nervoso.
- Falta de sono: o fato de que exista uma falta de horas de descanso pode incrementar consideravelmente os níveis de dopamina, já que o cérebro tenta fazer um esforço excessivo para enfrentar as tarefas do dia. Isto é, através da dopamina ele tenta compensar a falta de energia causada por não dormir.
- Alimentos: alguns alimentos contêm precursores da dopamina, portanto seu consumo pode aumentar ligeiramente seus níveis. Entre estes, encontram-se as bananas, as amêndoas e os laticínios.
- Genética: como em tudo, uma grande parte da causa das doenças é genética, o que faz com que tenhamos uma tendência maior a sofrer de determinado transtorno.
Sintomas do excesso de dopamina
Como a falta de dopamina é detectada? Os sinais que você pode observar se tiver excesso de dopamina são:
- Agitação;
- Ansiedade;
- Acuidade mental;
- Sentimentos de prazer;
- Hedonismo;
- Alta energia ou hiperatividade;
- Libido alta;
- Insônia;
- Aprendizagem;
- Mania;
- Motivação;
- Organização dos pensamentos;
- Produtividade;
- Recompensar a busca;
- Autocontrole;
- Procura social;
- Estresse.
Doenças causadas pelo excesso de dopamina
Ter níveis muito altos de dopamina pode ter alguma consequência? Vejamos algumas alterações relacionadas com o excesso de dopamina:
- Psicose e esquizofrenia: um alto nível de dopamina e um cérebro hiperativo pode chegar a provocar uma psicose ou sintomas relacionados com a esquizofrenia, como por exemplo, alucinações. De fato, a forma de tratar a enfermidade é através dos antipsicóticos, os quais se encarregam de reduzir os níveis de dopamina.
- Transtorno bipolar: o transtorno bipolar é o passar de uma fase depressiva para uma fase maníaca. Foi observado que na fase maníaca, um excesso de dopamina é produzido. É por isso que nesta doença, em muitos casos, é feita a utilização de fármacos antipsicóticos, com a finalidade de reduzir os sintomas desta fase.
- Tiques motores: o excesso de dopamina pode provocar a realização de movimentos desnecessários, com os tiques motores. O mal de Parkinson também está relacionado com a dopamina, mas é causado pela falta dela.
Como regular os níveis de dopamina
A dopamina regula funções muito importantes como a memória, o sono e o estado de humor. Por isso é de grande importância regular os níveis de dopamina. No caso de ter um excesso deste neurotransmissor, como se pode baixar a dopamina? Há duas formas principais de reduzir o excesso de dopamina:
Medicação
Como mencionávamos neste mesmo artigo, os antipsicóticos são um tipo de fármacos que trabalham para reduzir o nível de dopamina. Estes são muito comuns para o tratamento da esquizofrenia, transtorno bipolar ou a psicose.
Alimentação
Uma dieta rica em alimentos que ajudem a elevar a serotonina também pode fazer que, como consequência, a dopamina diminua. Alguns destes alimentos são os carboidratos.
Por outro lado, há outro tipo de alimentos ricos em tirosina, que é precursora da dopamina que seria melhor evitar: a cafeína, o chocolate marrom, o pato, a farinha de aveia, o queijo e o frango.
Por último, como temos visto, os níveis de estresse também estão relacionados com a regulação da dopamina. No seguinte artigo, você encontrará mais informações para gerir o estresse. Uma das práticas mais eficazes é o relaxamento, por isso, deixamos um vídeo de um relaxamento guiado a seguir.
Este artigo é meramente informativo, em Psicologia-Online não temos a capacidade de fazer um diagnóstico ou indicar um tratamento. Recomendamos que você consulte um psicólogo para que ele te aconselhe sobre o seu caso em particular.
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